Aconteceu na tarde de ontem a Marcha Pelo Despejo Zero em Curitiba. O evento reuniu cerca de 2 mil pessoas através de uma ação nacional entre 175 organizações, entidades, movimentos sociais e coletivos que visam atuar contra despejos e remoções forçadas.
A manifestação teve concentração na Praça Eufrásio Correa – em frente à Câmara Municipal, e seguiu rumo ao Centro Cívico para uma mesa de negociações com o poder público.
Entre os presentes na marcha, estava Kixirá Jamadi, integrante do Movimento de Economia Solidária, que auxilia às nações Kaigang e Guarani a se organizarem politicamente no Paraná, “A nossa luta aqui é por justiça social, não só pelos povos originários, mas para todos os povos que vivem neste País, em especial às famílias urbanas que estão abandonadas pelo poder público e, pelas escolhas políticas de quem está no poder, que não valida a vida dos trabalhadores. O estrago está aí, milhares de pessoas vivendo em ocupações irregulares, muitas vezes sem água, sem luz e ainda correndo o risco de serem despejadas”, comenta a gestora pública.
Paulo Nescau, morador da ocupação Marielle Franco também esteve na marcha e definiu o direito à moradia digna como a reivindicação geral das famílias ali presentes, “Estamos todos unidos lutando pela mesma causa que é o direito a um espaço adequado para viver, uma moradia digna. Faz quase dois anos que estamos acampados exigindo isso”, conta.
No final do ato, representantes dos movimentos sociais entregaram aos deputados presentes no local uma carta manifesto exigindo o despejo zero para as mais de 100 mil pessoas ameaçadas por ações de despejo. Vale lembrar que falta exatamente uma semana para o fim do prazo estipulado pelo STF para suspensão das reintegrações de posse no Estado.
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