PM que responde pela morte de Claudia Ferreira, mulher arrastada por viatura há seis anos, tem nomeação a superintendência suspensa

Dos seis responsáveis pelo crime, quatro continuam trabalhando na corporação - Foto : Luiz Ackermann / Extra

Nomeado na última terça-feira, 17, como o novo superintendente de Combate aos Crimes Ambientais da Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), o capitão da Polícia Militar (PM) Rodrigo Medeiros Boaventura, terá sua nomeação suspensa. Rodrigo é um dos policiais envolvidos no caso da morte de Claudia Silva Ferreira, baleada e, em seguida, arrastada por uma viatura da PM no dia 16 de março de 2014 na estrada Intendente Magalhães, em Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Desde o início deste ano, Boaventura atuava na área correcional da PM, investigando mortes cometidas por outros policiais. Ele estava lotado no 41º Batalhão, em Irajá, Zona Norte carioca.

Investigados do caso Claudia Ferreira

O capitão Boaventura e sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno, respondem pelo homicídio de Cláudia. Na época do crime, Boaventura era tenente e foi quem comandou a operação no Morro do Congonha, em Madureira, no dia em que Claudia foi baleada no pescoço e nas costas.

Além deles, os subtenentes Adir Serrano e Rodney Archanjo, o sargento Alex Sandro da Silva e o cabo Gustavo Ribeiro Meirelles, respondem pelo crime de fraude processual, pois, modificaram a cena ao retirar o corpo de Claudia do local onde ela foi baleada.

Dentre todos os acusados, apenas Boaventura ficou preso algumas semanas, após ser solto e nunca ter sido punido administrativamente. Além do capitão, todos os outros acusados seguem trabalhando normalmente na corporação, com exceção de Adir Serrano e Rodney Archanjo que estão reformados.