Memorial Quilombo dos Palmares, em Alagoas, vai reabrir em homenagem ao Dia Consciência Negra

Memorial Quilombo dos Palmares irá receber visitação diária de apenas 300 pessoas- Crédito: TV Gazeta

Para comemorar o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, em Alagoas, será reaberto na próxima sexta-feira, 20. Todos os anos, nesta data e durante todo mês de novembro, acontecem eventos culturais e religiosas e reúne milhares de pessoas.

Diante do cenário da pandemia da Covid-19 o acesso será limitado para apenas 300 pessoas. Todos que visitarem o memorial serão orientados a seguir o protocolo de segurança sanitária, que será aplicado desde a entrada do parque.

“O uso da luva, o uso da máscara, medição de temperatura para aquelas pessoas que vem visitar e isso precisa ser feito em conjunto: Fundação Cultural Palmares, o município e a secretaria de turismo. É a articulação dessas três instâncias que permite que o Parque seja reaberto e o decreto possa ser observado”, explica Laércio Fidelis, diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação Palmares.

O parque ficou fechado para o público desde o início da pandemia. Em 2019 Parque Memorial Quilombo dos Palmares recebeu mais de 34 mil visitantes, entre brasileiros e estrangeiros, durante as comemorações do mês da Consciência Negra.

O parque fica na Serra da Barriga, em União dos Palmares (AL), localizado a cerca de 77 km de Maceió, no alto da região com 27,92 km² de extensão que abrigava o Quilombo dos Palmares e que foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1985.

Parque Memorial Quilombo dos Palmares, onde fica o memorial Zumbi dos Palmares- Crédito: Agência Alagoas

Zumbi dos Palmares

Zumbi, que significa guerreiro, senhor da terra, nasceu em Alagoas. Ainda criança foi sequestrado, criado pelo Padre Antônio de Mello, que deu a ele o nome de Francisco. Aos 18 anos retornou ao quilombo e se rebatizou como Zumbi, nome que ficou conhecido quando se tornou o sucessor de Ganga Zumba, que era filho de Aqualtune, princesa congolesa que formou o quilombo.

Aqualtune liderou um movimento com 40 pessoas, que ser firmaram na Serra da Barriga, criando uma sociedade livre. Surgindo um novo povoado contra engenhos e açoites: a Grande Federação Negra Palmarina.

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