Com o cenário da fome crescendo no Brasil, junto ao índice de desemprego e preço dos alimentos, movimentos sociais estão se articulando para lançar projetos. Um deles, de grande importância, é o “Cozinha Solidária”, liderado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).
A iniciativa consiste na construção de cozinhas que funcionarão todos os dias e distribuirão almoços grátis para as famílias das periferias dos centros urbanos do país. São 11 os Estados onde o movimento atua, e o objetivo é poder garantir-lhes seus direitos à alimentação digna e nutritiva.
Desde o início da pandemia que o MTST realiza uma série de ações de solidariedade às populações mais necessitadas. Em 2020 distribuíram cerca de 156 mil refeições e mais de 200 toneladas de alimentos presentes em cestas básicas, junto à kits de higiene e para gestantes.
A força revolucionária da solidariedade é a grande bandeira que o movimento carrega. Deise Benedito, especialista em direitos humanos e segurança pública, falou em entrevista ao Podcast PodOcupá: “A Revolução Solidária nada mais é do que nos olharmos como seres humanos, a dignidade da pessoa humana em sua plenitude, no direito de existir enquanto pessoa humana.”
No sábado (13/03) a primeira unidade foi inaugurada no Jardim Damasceno, bairro da Brasilândia. Guilherme Boulos, coordenador nacional dos Trabalhores Sem Teto estava à frente da ação, junto à outras lideranças e presenças de figuras como a chef Paola Carosella.
O objetivo do MTST é abrir 16 novas Cozinhas Solidárias nos 11 estados atuantes: Roraima, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, duas no Distrito Federal, quatro nas periferias de São Paulo e, por fim, uma na região do ABC paulista.
Para tal, existe uma campanha de financiamento coletivo no ar, onde diversos artistas como Caetano Veloso estão colaborando e divulgando. A meta da campanha é R$300.000 e tem cerca de 70% dela alcançada.
O link para poder contribuir é: https://apoia.se/cozinhasolidaria
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