Injustamente: negros são maioria de presos com base no reconhecimento fotográfico nas delegacias no Brasil

Entre 2012 e 2020, foram presas 90 pessoas depois de identificação fotográfica e posteriormente inocentadas- Crédito: Canal Ciências Criminais
Percentual chega a 83% dos casos. Dados são do levantamento feito pelo Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege) e pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro.
Os perfis dos injustiçados são em sua maioria jovens, pobres e negros.
As características dos suspeitos de crimes são apresentadas às vítimas através dos “catálogos de suspeitos”. Eles são cidadãos comuns que estudam, trabalham e sustentam a família.

Entre 2012 e 2020, foram presas 90 pessoas depois de identificação fotográfica e posteriormente inocentadas. Elas ficaram, em média, 9 meses presas.

Segundo dados, na maioria dos casos, o reconhecimento fotográfico é a única prova na hora de identificar um possível criminoso.

Para especialistas, reconhecimento por fotografia é uma prova sujeita a equívocos, falhas que em alguns casos estão levando inocentes para a cadeia. Por isso, o reconhecimento fotográfico vem sendo motivo de debate.

O Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege), é uma é uma associação civil de âmbito nacional que funciona como órgão permanente de coordenação e articulação dos interesses das Defensorias Públicas.