Câmara Municipal arquiva investigação sobre prefeito de Tamandaré

Sérgio Hacker, prefeito de Tamandaré - Reprodução

Por sete votos a três, o pedido de investigação contra Sérgio Hacker, prefeito de Tamandaré (PSB), em Pernambuco, foi arquivado pela Câmara de Vereadores. Sérgio foi denunciado em junho por improbidade administrativa e quebra de decoro por ter contratado pela prefeitura a mãe e avó de Miguel Otávio, de cinco anos, morto ao cair do prédio onde ambas trabalhavam como empregadas doméstica em Recife.

As denúncias configuravam como desvio de função e lesão aos cofres públicos, uma vez que elas exerciam trabalhos pessoais para o Prefeito sem vinculo com a prefeitura e recebiam o pagamento como funcionárias municipais, mas o processo foi rejeitado pela Câmara. sob a justificativa de corre apuração pelo Tribunal de Justiça, o Ministério Público de Pernambuco e o Tribunal de Contas. “Não poderemos investigar questões que estão sendo alvo de apuração dos órgãos competentes. Seria colocar o carro na frente dos bois”, comentou o presidente da Câmara.

Em 1º de julho, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou o bloqueio parcial dos bens de do prefeito, depois de uma ação civil pública que confirmou o cadastro da mãe e da avó de Miguel como funcionárias da prefeitura de Tamandaré. Na investigação também apareceu o nome de uma terceira pessoa com a mesma irregularidade, configurando com funcionária fantasma. Sérgio Hacker é marido de Sari Corte Real, denunciada pelo Ministério Público de Pernambuco por abandono de incapaz com resultado de morte, pela morte de Miguel, ocorrida em 2 de junho. Sari foi presa na época e solta depois de pagar fiança de 20 mil reais, e espera o julgamento em liberdade.