Projeto “MORARES” coleta histórias dos bairros Cobi de baixo e Cobi de cima em Vila Velha- ES

Crédito: Divulgação

Proposta é reunir “urbanvivências” escritas por palavras, imagens e sons, coletando histórias e memórias de moradores de bairros populares da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV).

Com o objetivo de coletar, reunir, sistematizar, compartilhar e narrar os vestígios de diferentes formas de “urbanvivências”, escritas por palavras, imagens e sons, o Projeto “MORARES” está coletando histórias dos bairros Cobi de Baixo e Cobi de cima, localizados em Vila Velha.

Coordenado pelo professor Igor Vitorino da Silva, um dos objetivos do projeto “MORARES” é coletar a história desses dois bairros mais antigos do município de Vila Velha. “A ideia recolher historias personagens, famílias, eventos e entidades que marcaram aquelas localidades. Para isso, o projeto contará com a apoio da comunidade na coleta de entrevistas, documentos — fotos, registros, cartas, diários, cartazes etc. Quem quiser colaborar voluntariamente entre em contato com projeto”, comenta Vitorino.

A proposta do projeto é reunir vestígios materiais e imateriais, tais como depoimentos orais, imagens, sons, objetos, documentos escritos (cartas, jornais, livros, notas promissórias, registros de propriedade, dentre outros), considerados fontes históricas que constituem tesouros existenciais sobre as localizações e morares que inscrevem os indivíduos e grupos sociais no tempo e na vida cotidiana.

O compartilhamento de traços ou fragmentos de memórias e lembranças envolvem o compromisso ético do respeito com a dignidade do testemunho/relato do outro[nas inscrições] e o acolhimento dos seus saberes, distante da ideia de verdade definitiva, de história única e negação da ficção como parte constitutiva da vida cotidiana.

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“No mundo contemporâneo, a demanda por histórias e narrativas está no centro do debate público e da vida. Tal tendência política e social inscreve vida cotidiana marcada por diversos tipos de desigualdades, descrenças em projetos sociais e políticas e violências, assim como pela busca desenfreada por identidades, pertencimentos, individualização, coletivatização e projeto de autorrealização e vida prática empreendedora — individualismos, competição, hedonismo, egoísmo, originalidade”, afirma um dos coordenadores do projeto Igor Vitorino.

Lembrar e esquecer

Seguindo ele, o projeto “MORARES” considera as possiblidades de que podemos lembrar e esquecer, que são formas que inscrevem os dramas individuais e coletivos vividos e imaginados no contexto dos indivíduos que habitam nas regiões populares da Região Metropolitana. São esses que podem produzir novas inscrições e maneiras de se pensar a história urbana local e regional das “urbanvivências.

Contar significa compartilhar, fazer os ouvintes participantes da vida e do drama que emerge em cada palavra, sentimento, corpo e experiências. “Como aponta Conceição Evaristo, em Becos da Memória (2017), discutindo o conceito deque ‘histórias que são inventadas, mesmo as reais, quando são contadas”. Dessa forma, o projeto MORARES receberá na sua execução essa‘urbanvivências’ escritas pelas palavras, imagens e sons, tendo como corpo inscrições históricas e temporais”, enfatiza Vitorino.

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Público-alvo

O público-alvo do projeto “MORARES” é qualquer pessoa que morou, passou ou vive na Região Metropolitana da Grande Vitória, que queira partilhar histórias e memórias. Dessa forma, o projeto tem como impacto social a possibilidade de construção de um Museu Virtual da Grande de Vitória – MVGV, além de produzir biografias urbanas dos bairros populares da Grande Vitória, estimular novas narrativas sobre os espaços populares, além de formular capacitação, atualização e aperfeiçoamento no campo da história regional e local.

Envie sua história e seus vestígios:

Para envio dos materiais, basta acessar o site: https://sites.google.com/view/projetomorares/p%C3%A1gina-inicial

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