Polêmicas do Presidente não alteram a agenda das reformas

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Por mais absurdas que sejam as polêmicas frases de Bolsonaro são coerentes com o discurso que o elegeu.

Jair Bolsonaro sempre apostou numa estratégia de tensão e polarização política para criar seu poder e aprovar medidas e programas sem haver discussões. Com uma campanha cheia de fakenews polêmica e sem comparecer à nenhum debate sequer, Bolsonaro criou um cenário com eleitores fiéis, como a saturação e “desinteresse” do mercado financeiro em seu perfil ditador e o desgaste em toda a oposição. O seu “personagem político ” é sem decoro, sem respeito às instituições e nem ao povo brasileiro, mas se não respingar nos interesses econômicos de grandes empresários esses discursos tendem a ser tolerados.
Mesmo com toda as intempéries causadas no recesso parlamentar as principais agendas do congresso estão blindadas e seguem como prioridades na agenda do segundo semestre. Concluir a votação da proposta de reforma da Previdência, dar início à tramitação da proposta de reforma tributária, que já tem comissão instalada, colocar em discussão uma reforma administrativa. Situação que leva os partidos de centro e de direita a se absterem de defender os direitos humanos em nome da aprovação das PECs enquanto os partidos de esquerda se organizam junto aos movimentos sociais para tentar barrar os retrocessos usando de mote justamente as polêmicas frases do presidente junto aos escândalos de corrupção envolvendo o presidente,seu partido e sua família e alternativas que vão contra a manutenção dos interesses da elite, como a reforma tributária e bancária.
As declarações de Bolsonaro ferem a democracia e a dignidade humana e já foram responsáveis por levar milhões as ruas,como o movimento de mulheres contra Bolsonaro, #elenão #elenunca,15M – tsunami da educação, 30M – tsunami são educação e 14 de junho- paralisação contra a reforma da previdência. É necessário que não estejamos atentos a narrativa imposta pelo presidente, os silêncios de partidos políticos e empresários e principalmente que consigamos voltar ao protagonismo tanto nas ruas , quanto nas notícias e no Planalto. Não desistiremos do Brasil!