Ansiedade: a doença do século

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O transtorno de ansiedade é frequentemente encontrado na população mais jovem e o acompanhamento psicológico é uma das formas de tratar essa doença.

“O campeão mundial de transtorno de ansiedade”, é esse o título do Brasil quando se trata do assunto. Quase 10% da população do País possui ou convive diariamente com os males da doença, segundo pesquisas da OMS – Organização Mundial de Saúde. Em decorrência da rotina cada dia mais agitada que a sociedade atual exige, muitos jovens e adultos passaram a desenvolver um alto grau de ansiedade, nunca antes experimentado por tanta gente.

Seja no colégio, na faculdade ou no mercado de trabalho, a pressão constante por notas altas e ótimos desempenhos acabam por se tornar o principal fator de propagação da doença. A ansiedade, primeiramente tratada por Freud como uma “neurose da angústia”, é um mal psicológico que atua diretamente na geração do medo, o indivíduo acaba por se encontrar em um estado constante de perigo e risco. Uma das formas mais presentes de aparição é no medo de falhar e/ou de estar em contato com grandes multidões, como se estivesse sendo observado a todo momento.

O tratamento para a ansiedade é bastante amplo e pode ir desde a prática de atividades físicas e melhoria do bem-estar, para a diminuição do quadro, ou através de tratamentos psicoterapêuticos juntamente ao uso de medicamentos controlados, sendo essa a opção mais indicada por especialistas. Porém, apenas uma pequena parcela da população possui meios de acesso a tratamentos psicológicos, uma vez que tal acompanhamento com profissionais é financeiramente caro.

Entretanto, algumas instituições de ensino oferecem tratamentos gratuitos ou de baixo custo, com colaborações financeiras simbólicas. O Instituto de Psicologia da UFRJ, na Praia Vermelha, atende moradores da Urca, Botafogo e região, de forma gratuita, enquanto o serviço de psicologia aplicada da Universidade Veiga de Almeida (UVA) oferece atendimento nos campi Tijuca, Barra e Cabo Frio, com as consultas variando entre R$2,00 e R$30,00.

Existe ainda, funcionando no Centro do Rio de Janeiro, na Avenida Presidente Vargas, nº 583, um projeto de atendimento psicológico social de baixo custo, destinado a pessoas LGBTQ+ e para a população trabalhadora, que não possui condições financeiras de acesso aos serviços de terapia. O projeto é comandado pelo psicólogo Rafael Lima Santana e para ter acesso ao serviço basta entrar em contato através do telefone (21 98147-4753) ou presencialmente, no endereço citado.

Matéria publicada no jornal A Voz da Favela edição Julho de 2019.