Pobreza menstrual: como afeta a saúde mental das pessoas atingidas

pobreza menstrual
Crédito: Banco de imagens Pixabay
Absorvente
Crédito: Banco de imagens Pixabay

Um tema muito recorrente nos últimos dias é o debate sobre pobreza menstrual. A discussão vem sempre pela via das políticas públicas, que de fato encontra a razão das pessoas que são atingidas.

Esse é um problema bastante complexo, e que atinge as pessoas que menstruam de formas cruéis. Além de um problema social, vemos um problema de saúde, e por consequência, de saúde mental.

Mas qual o impacto direto desse tipo de situação?

Pobreza menstrual e saúde mental

Sempre vale lembrar que para a OMS – Organização Mundial da Saúde o conceito de saúde diz respeito ao indivíduo que se sente bem nas esferas biopsicossocial e espiritual. Logo de início, vemos uma série de problemas que envolvem esse conceito a partir do tema deste artigo.

As pessoas que menstruam, não possuem no mínimo, a dignidade de contar com as condições necessárias durante o período menstrual, como indicam os médicos. Dessa forma, acabam expostas a problemas graves de saúde.

Isso passa também por todo o debate de educação sexual, que é precário nas periferias. E quando as pessoas possuem feridas desse tipo (social e física), a saúde mental também é abalada fortemente.

O fato de não frequentarem os lugares por medo ou receio de serem ridicularizadas, faz com que essas pessoas se tornem mais reclusas, longe do convívio social, e por consequência com dificuldades para criarem novos laços.

Isso não se atribui somente a amizades, mas também ao fato da ausência em escolas, espaços de ensino, ou no mercado de trabalho.

Portanto, afeta as relações sociais e produtivas, que são importantes para vencer uma situação de pobreza. Considerando que isso faz parte da vida de quem menstrua por um bom tempo, como ela se vê perante à sociedade?

Risco direto a saúde

Outro risco é o fato de utilizarem de recursos não indicados como, por exemplo, pedaços de pano, para que tenham a condição de circularem nesses ambientes. Mas, que ser humano é esse que está circulando e em quais condições de risco a saúde? Esse tema deve ser alvo de preocupação de toda a comunidade e não somente do poder público. 

Por isso todos os setores sociais podem, e devem, debater cada vez mais por vias diferentes. O que é muito importante para avançarmos nesse conceito.

Falar da pobreza menstrual, é ir muito além do que somente o problema pontual, mas também tudo o que ele pode trazer como consequência.

Garantir a entrega de absorventes descartáveis para a população carente, também é uma maneira de cuidar da saúde mental e assegurar os direitos que essas pessoas possuem pela constituição.

Além disso, é sobre entender que um ser humano merece ser cuidado, especialmente quando não possui condições financeiras para isso. Essa é uma forma de acolher quem precisa, e dar base para que essas pessoas se tornem protagonistas de suas histórias!

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