MANGUEIRA É OCUPADA SEM TIROS

Desde o primeiro raiar do Sol, vários helicópteros sobrevoaram a Mangueira para a operação de ocupação para implantação de mais uma UPP. A operação comandada pela Secretaria de Segurança, através da Polícia Civil e Militar, teve o apoio do Corpo de Fuzileiros Navais, Exército, Força Aérea Nacional, Defensoria Pública e Prefeitura do Rio.

A operação foi tranquila, não houve resistência alguma e nenhum tiro foi disparado. A presença da imprensa é sempre importante para que não aconteça arbitrariedades. Uma novidade também pode ajudar, a instalação de GPS nos rádios comunicadores dos policiais. Outro fator inibidor e importante foi a presença da Defensoria Pública, que afirmou que acompanhou a operação do Complexo do Alemão e pretende acompanhar todas as demais.

 

httpv://www.youtube.com/watch?v=bHeYw2uqtJo

No vídeo acima, o momento em que a imprensa aguarda, em uma caixa d’agua, o hasteamento da bandeira do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro.

Um helicóptero da Polícia Militar jogou panfletos com o título “sua comunidade está sendo pacificada”,  com os telefones para denúncias, da ouvidoria e de relações públicas da polícia. O coronel Pinheiro Neto, que já tem 27 anos na Polícia Militar disse que: “foi uma vitória, uma satisfação e que está com o sentimento de dever cumprido”.

httpv://youtu.be/mOxfL4b0DsU

Em entrevista coletiva, José Mariano Beltrame, secretário de segurança do estado do Rio de Janeiro foi questionado porque avisou com tanta antecedência e se ao avisar, não estaria dando oportunidade para os criminosos fugirem. Beltrame respondeu que prefere ocupar uma área e pacificar sem dar um tiro, como foi o caso da Mangueira. O comandante da Força da Marinha, Capitão de Mar e Guerra Fuzileiro Naval Yerson, disse que foram disponibilizados quinze blindados e o efetivo foi de dezoito oficiais e cento e quarenta e sete praças.

Empresas de TV por assinatura disputam mercado na Mangueira

Logo cedo, vários funcionários de empresas de canais por assinatura já estavam entrando na favela, com equipes em várias saídas. Uma barraca de uma empresa de telefonia que também vende plano de TV por assinatura, chegou a montar uma barraca na entrada do Buraco Quente, uma das entradas mais conhecidas da favela, onde funcinava ali perto um ponto de venda de drogas.

Apesar do grande aparato policial, só três pessoas foram detidas, 32 veículos e trezentas gramas de maconha apreendidos. No Tuiuti foram apreendidos trinta e cinco Kg de maconha.