O samba começou molhado e pisando forte no terreiro

O quarto e último carro da Unidos da Ponte, que homenageou Oxalá. Créditos: Ana Beatriz Moda

Nesta noite, inaugurando a avenida e tocando o primeiro samba na Marquês de Sapucaí em 2019, a Unidos da Ponte fez seu retorno à Série A, segunda divisão dos desfiles do carnaval do Rio de Janeiro. Vinda de São João de Meriti, a campeã da série B de 2018 reeditou um de seus mais importantes enredos, “Oferendas”, que em 1984 a escola apresentou no grupo especial. O enredo fez referência aos ritos feitos para cada orixá nas religiões de origem africana, como a umbanda e o candomblé.

Créditos: Ana Beatriz Moda

A comissão de frente da escola representou os filhos de santo praticando o ritual de oferenda “Padê” para saudar Orixá Exu Bará e abrir os caminhos. Os 4 carros alegóricos recriaram ambientações dos terreiros de candomblé, oferendas à Iemanjá, e homenagearam Oxalá, o pai de todos.

As 20 alas vieram representando vários ícones importantes, tais como Orunmilá, criador da humanidade; Xangô, orixá que controla as força do universo; mães-de-santo, as líderes espiritual dos terreiros; Ogum, exímio guerreiro; e Iansã, a responsável pelos fenônemos climáticos.

Inclusive, falando em clima, a chuva marcou forte presença. Persistente desde bem antes do início do desfile, ela fez questão de ser componente da Unidos da Ponte, mas nada que tenha desanimado o povo e o samba.

Créditos: Ana Beatriz Moda