Katahirine: Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas do Brasil

Crédito: Reprodução

Foi lançada a rede Katahirine @redekatahirine, o primeiro coletivo de mulheres cineastas indígenas do país. A estreia contou com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.

A iniciativa reúne mulheres ativistas no audiovisual e na comunicação, com representantes de mais de 30 etnias. O Instituto Catitu é o responsável pela idealização do projeto.

As mulheres têm seus perfis na plataforma, que além das biografias, mostram suas obras e informações sobre a carreira. Nos planos da rede está também a realização de encontros internacionais e de mostras de cinema com foco na produção das mulheres indígenas.

A rede vai funcionar como uma plataforma de pesquisa e referência, mas também estará focada em trabalhar coletivamente por mudanças e adaptações nas políticas públicas.

Através de um mapeamento foi possível identificar 71 mulheres indígenas de 32 etnias que atuam com audiovisual no Brasil. Posteriormente a pesquisa irá mapear outros povos originários de outros nações da América Latina.

Crédito: @ Suely Maxakali
Origem da palavra Katahirine
Katahirine é uma palavra da etnia Manchineri que significa constelação. Assim como o próprio nome sugere, Katahirine é a pluralidade, conexão e a união de mulheres diversas que se apoiam e promovem mulheres indígenas no audiovisual brasileiro. Dessa constelação participam mulheres de todos os biomas, de diferentes regiões e povos, mulheres indígenas que se uniram com o objetivo de fortalecer a luta dos povos originários por meio do audiovisual.
Conselho Curador
A rede tem um conselho com a missão de garantir a participação indígena nas tomadas de decisão, promover articulações para incidência em políticas públicas que beneficiem a produção audiovisual das mulheres indígenas, elaborar e propor às demais os critérios da curadoria das cineastas e das obras, propor debates sobre temas relevantes para o coletivo, estabelecer diretrizes para o desenvolvimento das atividades da rede.
O conselho é formado majoritariamente por mulheres cineastas e pesquisadoras indígenas de diferentes etnias. Dele participam atualmente as cineastas indígenas Graciela Guarani, da etnia Guarani Kaiowá, Patrícia Ferreira Pará Yxapy, da etnia Mbyá-Guarani, Olinda Wanderley Yawar Tupinambá, da etnia Tupinambá/Pataxó Hã-Hã-Hãe e Vanúzia Bomfim Vieira, do povo Pataxó.
Fazem parte também Mari Corrêa, cineasta e diretora do Instituto Catitu, Sophia Pinheiro, artista visual e cineasta, e a jornalista Helena Corezomaé, da etnia Balatiponé.
Instituto Catitu
Organização que atua junto aos povos indígenas para o fortalecimento do protagonismo das mulheres e jovens indígenas na defesa de seus direitos por meio do uso de novas tecnologias como ferramentas para expressar, transmitir e compartilhar conhecimentos a partir de suas visões de mundo.

A rede vai funcionar como uma plataforma de pesquisa e referência, mas também estará focada em trabalhar coletivamente por mudanças e adaptações nas políticas públicas.

Através de um mapeamento foi possível identificar 71 mulheres indígenas de 32 etnias que atuam com audiovisual no Brasil.

Posteriormente a pesquisa irá mapear outros povos originários de outros nações da América Latina.