Fundo Limpo: Mergulhando de cabeça na consciência ambiental

Depois de várias queixas de mergulhadores por conta dos lixos encontrados no fundo do mar, por iniciativa de Bruno Rocha foi criado o Projeto Fundo Limpo. Bruno é proprietário de uma escola de mergulho na capital baiana que atua há mais de 10 anos.

A paisagem no fundo do mar em alguns momentos era mais de resíduos do que peixes.

Crédito: Reprodução. Lixo encontrado no fundo do mar

A atitude de Bruno, de imediato chamou a atenção de outros parceiros que foram aderindo a proposta, como: Fernanda Fernandes, Tiago Freitas, Bruno Rocha, Moacir Tinoco. Essa equipe continua até hoje colaborando com as ações do projeto. O objetivo do projeto é de promover atividades de limpeza nas praias de Salvador.

Tal atitude foi colocada em pratica há 8 anos com pequeno grupo de pessoas, onde cada um levava sacolas pra recolher os lixos da praia e mostrava para os banhistas a quantidade de sujeira provocada pela falta de educação e consciência ambiental.

Inicialmente as limpezas aconteciam em quatro praias, entre a Barra até o IAT Clube, contemplando assim o Farol da Barra, O Cristo, O Espanhol e o Porto da Barra.

Ao longo dos anos a quantidade de voluntários foi crescendo e hoje além de atividades nas praias, o grupo ministra palestras em escolas públicas para crianças e adolescentes com intuito de fomentar novos agentes multiplicadores, em parceria com a prefeitura e a secretaria de limpeza urbana.

Para conseguir mais voluntários é elaborado todo ano um edital para oferecer um curso de formação livre em mergulho. O projeto conta com o apoio fundamental dos voluntários, que contribuem bastante com as atividades sempre que são acionados.

Crédito: Reprodução. Coordenadores do projeto e voluntários

Esses voluntários passam por um treinamento não só para a limpeza no fundo do mar, como também para promover a limpeza nas areais das praias em diversos pontos da cidade, sempre buscando mobilizar os moradores próximos das praias, assim como os banhistas, solicitando a ajuda desses na preservação e o cuidado com o ambiente.

Após a coleta do lixo do fundo mar, é feita uma triagem de todo material recolhido, depois acontece uma exposição para sensibilizar as pessoas dos danos causados com toda sujeira.

Crédito: Reprodução

Recentemente foi criado o Instituto Fundo Limpo, Bruno Rocha é o atual presidente. As ações mais recentes de limpeza nas praias aconteceram em Maio, na região da Gamboa. A próxima atividade será em Julho, na Praia da Boa Viagem, Cidade Baixa de Salvador.

“Bom seria se o ser humano pudesse compreender o quanto mal ele causa na natureza e pra si mesmo com falta de educação e consciência ambiental”.

Colaborou para a produção dessa matéria Fernanda Fernandes

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Paulo de Almeida Filho
Jornalista, Especialista em Comunicação Comunitária, Mestre em Gestão da Educação, Tecnologias e Redes Sociais - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Editor da Agência de Notícias das Favelas. Pesquisador do CRDH- Centro de Referência e Desenvolvimento em Humanidades - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Professor de Pós Graduação, em Comunicação e Diversidade, na Escola Baiana de Comunicação. Assessor da REDE MIDICOM- Rede das Mídias Comunitárias de Salvador. Membro do Grupo de Pesquisa TIPEMSE - Tecnologias, Inovação Pedagógicas e Mobilização Social pela Educação. Articulado Comunitário do Coletivo de Comunicação Bairro da Paz News. Membro da Frente Baiana pela Democratização da Comunicação. Integrante do Fórum de Saúde das Periferias da Bahia. Membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito- Núcleo Bahia. Integrante da Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores Coordenador Social do Conselho de Moradores do Bairro da Paz, EduComunicador e Consultor em Mídias Periféricas.