Fundador da ANF lança livro sobre comunicação comunitária em Salvador

lançamento

O livro Novos Rumos da Comunicação Comunitária no Brasil, organizado pelo fundador e diretor da Agência de Notícias das Favelas (ANF), André Fernandes, será lançado neste sábado, 15 horas, na Casa do Hip Hop da Bahia, no Pelourinho.

O livro contém textos de autoras e autores de diversos perfis, todos ligados ao tema da comunicação comunitária, de jornalistas a acadêmicos. O prefácio é do fundador do Grupo Eco e do Viva Rio, Itamar Silva, e a apresentação é da ensaísta e professora Ivana Bentes.

Se a comunicação é fundamental para as sociedades que se pretendem democráticas, a que rola nas periferias, em um país de maioria pobre, é mais importante ainda.

Comunicação comunitária vem de longe

Oficialmente, a imprensa no Brasil começa em 1808, com a chegada da Família Real Portuguesa ao mesmo Rio de Janeiro onde está sediada a ANF.

Antes e depois dessa data, diversos pioneiros produziram jornais e outros meios de comunicação à margem da oficialidade, tanto estatal, quanto a representada por empresas atreladas ao poder político e econômico.

Na primeira metade do século 19, uma enxurrada de publicações ousadas, de linguagem agressiva, feitas de forma artesanal e, geralmente, por uma só pessoa, caracterizou o movimento dos pasquins.

Mas o Brasil teria ainda outros momentos importantes da comunicação comunitária.

Na Ditadura, a ousadia de afrontar

Na história recente do Brasil, é marcante a quantidade de publicações chamadas de alternativas, caracterizadas por se colocarem contra a Ditadura instaurada como Golpe civil-militar de 1964.

No livro Jornalistas e Revolucionários, o jornalista e pesquisador Bernardo Kucinski catalogou 150 títulos diferentes publicados em todo o Brasil durante o governo militar.

Muitas dessas publicações, a maioria jornais, eram voltadas para a classe média, mas são históricas as iniciativas ligadas às comunidades, como o Brasil Mulher.

O jornal foi o primeiro periódico da imprensa alternativa feito por mulheres e dirigido às mulheres da Baixada Fluminense. Começou a circular em 1975, sendo extinto em 1980, totalizando 20 edições.

Comunicação comunitária no terceiro milênio

Com o advento da internet, vieram à tona discursos e ações que estavam à margem, protagonizados por negros, gays, mulheres e comunicadores da periferia, entre outros dissidentes.

A força e o tamanho desse movimento que se fortalece a cada dia é praticamente incalculável. E sobreviveu aos revezes dos últimos quatro anos, durante os quais a pandemia de coronavírus e um governo autoritário prejudicaram imensamente a comunicação comunitária.

Mas ela sobrevive, firme, forte e crescente. O livro organizado por André Fernandes é uma prova disso.

Quem escreve na coletânea?

Adair Rocha, fundador do Núcleo de Comunicação Comunitária da PUC-Rio;

Alexandre Santini, ex-diretor de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura;

André Santana, jornalista e professor da Universidade do Estado da Bahia;

Mara Rovida, autora do livro Jornalismo das Periferias – o diálogo social solidário nas bordas urbanas.

Patrick Granja, autor do livro Cadê o Amarildo?;

Michele Cruz Vieira, professora da Universidade Veiga de Almeida e da Faculdade Hélio Alonso – Facha;

Renata Feital, professora no curso de Jornalismo da Universidade Estácio de Sá;

Wellington Frazão, coordenador do canal de Web TV Periferia em Foco, Amazonas.

Serviço:

Lançamento do livro: Novos Rumos da Comunicação Comunitária no Brasil
Local: Casa do Hip Hop, Largo Quincas Berro D’Água, Pelourinho
18 de março de 2023, 15h
Entrada gratuita

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