Federal Rural amplia cotas para trans, quilombolas e refugiados na pós

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que possuía cotas em todos os cursos de pós-graduação para pessoas com deficiência e grupos raciais pretos, pardos e indígenas, avança ao ampliar as vagas para outras categorias minorizadas: pessoas trans, quilombolas e refugiadas.

A reserva de vagas, antes de 25%, será de 40%, somando todos os grupos comtemplados atualmente. Há também a possibilidade de inclusão de outros segmentos identitários, à escolha de cada programa de pós-graduação.

A UFRRJ é a primeira do estado do Rio de Janeiro a ter tais grupos contemplados nas vagas afirmativas em todos os cursos de pós-graduação, para além das cotas étnico-raciais e para pessoas com deficiência, que são as vagas mais comuns, por serem obrigatórias nos programas de graduação.

Algumas universidades possuem cotas em apenas alguns programas de pós, diferente da UFRRJ, que garante essas vagas em todos os editais.

Cotas na pós e na graduação

O professor José Luis Luque, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFRRJ, afirma que a inclusão desses grupos nas vagas afirmativas foi uma iniciativa conjunta de pró-reitorias da Universidade, com iniciativa da professora Joyce Alves, pró-reitora Adjunta de Assuntos Estudantis e Coordenadora da Política Institucional pela Diversidade, Gênero, Etnia, Raça e Inclusão.

Ela acredita que a ampliação de vagas afirmativas na pós-graduação é histórica, mas na graduação é ainda mais fundamental, pois é onde está “o gargalo do problema”. A intenção é a de que os dois níveis de ensino estejam entre os mais inclusivos do país.

Segundo o professor Luque, a tarefa imediata é consolidar a diversidade, através das ações afirmativas. Está sendo organizada uma comissão de identificação para os novos grupos, além das que existem para os outros anteriormente comtemplados.

Para ele, a diversidade nas universidades públicas é uma questão de princípios: “Universidade pública tem que ser um ambiente que reflita a realidade socioeconômica brasileira. Então, é importante garantir o acesso àqueles grupos que secularmente foram marginalizados do ensino superior brasileiro.”

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