Cientista baiana participa da conferência SynBioBeta 2023 nos Estados Unidos

Mariana Silva, 31, participou do painel: “Bioeconomia na América Latina”, a cientista biomédica, é da cidade de Catu, interior da Bahia. O evento fez parte da conferência de biotecnologia sintética, em Oakland, Califórnia, Estados Unidos.

A programação aconteceu entre os dias 23 e 25/05, e contou com a participação de líderes industriais, investidores e pesquisadores de todo o mundo para discutir os últimos desenvolvimentos, oportunidades e avanços no campo da biotecnologia.

O Brasil é conhecido por abrigar uma das maiores biodiversidades do mundo, com uma variedade única de recursos naturais. A biomédica completa, “Tenho a biodiversidade brasileira como inspiração, com o propósito de mitigar o extrativismo predatório, ajudando a indústria cosmética a se tornar mais sustentável para o planeta”, diz Mariana.

A ciência é um empreendimento coletivo, por esse motivo, a participação de mulheres é essencial para garantir uma sociedade mais justa, combatendo os estereótipos de gênero e as desigualdades existentes. É importante promover políticas e programas que incentivem a participação das mulheres na ciência, corrobora a biomédica.

“E sempre muito importante mostrar que mulheres podem ser cientistas, é um trabalho de educação, que tem que ser feito através de inspiração desde o ensino fundamentalmente, mostrando que é possível escolher uma carreira nessa área, não só na biomedicina, mas na ciência como o todo. É preciso incentivar mais e abrir caminhos para que as mulheres tenham espaço de liderança sendo biomédicas. Digo, estando dentro do conselho de grandes empresas científicas, liderando startups e conseguindo também tomar decisões, não sendo só trabalhadoras da ciência, mas também, estando no lugar de liderança. Precisamos de mulheres, precisamos de equidade de gênero na ciência, mas também precisamos estar no espaço de decisão”, completa Mariana.

Segundo o relatório recente da Grand View Research, o mercado global de biologia sintética deve reunir aproximadamente US$22,8 bilhões até 2028, sendo a indústria de cosméticos um dos principais impulsionadores desse crescimento.

A visão da biomédica em mostrar a vasta biodiversidade do Brasil e desenhar soluções sustentáveis para a indústria cosmética não é apenas inovadora, mas também oportuna. Já que o mundo está enfrentando o impacto das mudanças climáticas e a necessidade de práticas mais ecológicas nesta indústria.

Ela esclarece sobre o potencial da biologia sintética para moldar o futuro da beleza. “Não é todo dia que temos a oportunidade de estar presente em um evento com tantas lideranças promovendo inovações de impacto ambiental. Mostrar que a biodiversidade brasileira é nossa grande biblioteca viva e que precisamos preservá-la é um grande presente para mim. Como fundadora da Planty, um dos meus compromissos é impulsionar a inovação e a sustentabilidade na indústria da beleza por meio do uso de biotecnologia de ponta, inspirada na nossa biodiversidade”, conta Mariana Silva.

Perfil

Mariana Silva, tem na bagagem um vasto background acadêmico e laboratorial, com a motivação empreendedora para revolucionar a indústria da beleza.

Mulher preta, nordestina e cientista, formada em Biomedicina pela EBMSP em Salvador e mestra em ciências pela FM-USP. Fundadora da Planty Biotech, uma startup de biotecnologia com sede no Brasil, a startup tem a natureza como fonte de inspiração e não exploração.

A startup tem como compromisso trabalhar para um mundo mais sustentável, onde a biologia sintética é uma ferramenta de transformação para produção de ingredientes cosméticos com menor impacto ambiental até o momento para o público feminino.

Crédito: Vitor Azevedo

A biomédica lidera a startup com o advogado societário e COO Andrei Zielinski – formado em Direito pela UFRGS e Especialista em Direito Empresarial pela PUCRS, com ênfase em contratos de investimentos. Tem experiência trabalhando na assessoria jurídica de startups de diversos setores, atuando na consultoria de desenvolvimento e estruturação de iniciativas inovadoras e tecnológicas. Traz para a Planty um amplo know-how na condução de operações e expansão de negócios, bem como vasto conhecimento na relação com investidores para a captação de recursos e operações de M&A.

Compondo essa equipe de trabalho os conselheiros, Maria Astolfi – cientista brasileira apaixonada pela biodiversidade e biologia sintética. Trabalhou com programação celular alimentada por inteligência artificial e automação na Ginkgo Bioworks. Atualmente cursando seu doutorado em Bioengenharia na University of Califórnia, Berkeley & San Francisco. Co-fundadora do primeiro laboratório SynBio na Amazônia brasileira e uma rede para conectar e capacitar o ecossistema brasileiro de biologia sintética, o SynBio Brasil.

Marco Gomes – Periférico, ativista, nerd e geek. Fã de ficção científica e da cultura hip-hop brasileira. Trabalha com tecnologia há mais de 20 anos: de 2016 a 2021 foi estrategista de projetos de dados na Palantir Technologies em NY; em 2013 foi premiado com o World Technology Award na categoria comunicação e marketing; em 2007 fundou a boo-box, startup de mídia digital considerada uma das empresas mais inovadoras do mundo pela FastCompany, Forbes, Financial Times, vendida em 2015 para a FTPI-Digital.

Rodrigo Almeida – Diretor da agência de relações públicas CRIATIVOS, Mestre em Gestão e Tecnologia Industrial, Produtor Multishow, Colunista dos portais Olhar Digital, ABMP e Portal iBahia. Como relações públicas, atua também como consultor de branding, carreira e reputação para empresários e executivos de grandes empresas. Em seu portfólio está o atendimento em assessoria de imprensa e relações públicas para grandes marcas, a exemplo do Nubank, Novonor (OR Incorporações e NIDO), Americanas Delivery, Colcci, Meninos Rei, Cia. Marítima, Restaurante Paris 6, Oakley, MAP Brasil, Jornal Correio e Grupo Aratu.

A Planty Biotech utiliza técnicas avançadas de biologia sintética para projetar e criar microrganismos geneticamente modificados, hackeando o DNA de plantas da diversidade brasileira para produzir cosméticos com alto grau de afinidade, preservando o meio ambiente.

Em outubro de 2021 nasceu a Planty Beauty, uma marca DNVB/B2C de cosméticos veganos, com matérias-primas biotecnológicas. Em abril/2022, foi lançado o primeiro hidratante facial com extratos de frutas nativas e ácido hialurônico vegano.

A partir de julho/22, foi iniciada uma jornada rumo a inovação de base, olhando para a cadeia de produção e trazendo a biotecnologia como caminho, surge a Planty Biotech, nosso spinoff de P&D em biologia sintética, para o desenvolvimento de soluções inovadoras para a indústria.