Cidades baianas vivem drama com falta de oxigênio para atender pacientes

A demanda por oxigênio hospitalar cresceu além da capacidade dos fornecedores suprirem as prefeituras- Foto: Junio Matos |A crítica

Nos últimos dias hospitais municipais de cidades do interior da Bahia estão operando no limite. Além das taxas de ocupação nos leitos estarem em alta, outro drama é a falta de oxigênio, devido ao número crescente de casos da Covid-19.

Diante desta demanda por oxigênio hospitalar os fornecedores estão tendo dificuldade para atender as prefeituras e ligando o sinal de alerta, principalmente das autoridades de saúde.

Exemplo das cidades Valente e Queimada que ficam no nordeste baiano e possuem população de cerca de 25 mil habitantes.

Segundo os boletins epidemiológicos municipais, os casos ativos da Covid-19 nas duas cidades têm aumentado rapidamente.

Outra cidade do nordeste baiano e que vem sofrendo com essa situação é Cipó, com aproximadamente 20 mil habitantes. O consumo de oxigênio hospitalar aumentou em seis vezes nos últimos dias.

Até 4 de março, Cipó, não tinha registrado óbitos por Covid-19. Mas, em apenas 11 dias, quatro óbitos foram registrados, sinal do avanço da doença na cidade que possui ainda 409 casos confirmados e 27 ativos, segundo o último boletim epidemiológico.

Já Valente tem 1.791 casos positivos, 138 ativos e 15 mortes.

Queimadas, registrou 43 casos ativos e 13 falecimentos em decorrência da Covid-19. O número de casos totais não foi divulgado pelo município no seu boletim.

Segundo comunicado feito pela White Martins, empresa que fornece oxigênio hospitalar “o fornecimento de oxigênio segue sendo realizado com o objetivo de manter todos os seus clientes medicinais abastecidos no Estado da Bahia, conforme estabelecido em contrato”. A empresa ressalta que o consumo de oxigênio nas instituições de saúde baianas registrou um aumento médio de 20% nas primeiras duas semanas de março, em comparação com as duas semanas anteriores.

A empresa acrescentou ainda que não é fornecedora de oxigênio da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador.

Diante deste cenário o Governo do Estado adotou medidas restritivas mais rígidas em várias cidades, incluindo o toque de recolher em todo estado até o dia 1º de Abril.

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