Cacique de Ramos recebe homenagem do artista plástico Alexandre Palma

Créditos: Alexandre Palma

Agremiação icônica do Carnaval carioca, o tradicional bloco Cacique de Ramos, que em 2021 completou 60 anos de fundação, já começará a brilhar antes mesmo da abertura oficial das festividades momescas. Do dia 19 de fevereiro a 2 de abril, a Galeria Modernistas, em Santa Teresa, receberá a exposição “Eu sou Cacique!”, mostra individual do artista plástico Alexandre Palma, uma verdadeira homenagem ao coletivo fundado em 1961, reconhecido como Patrimônio Cultural e Imaterial do Rio de Janeiro, berço de Beth Carvalho, Zeca Pagodinho e o Grupo Fundo de Quintal, dentre muitos outros. Aberta para o público, a exposição atenderá todos os protocolos de saúde vigentes na cidade.

Abraçando como desafio as cores do bloco – o vermelho, o branco e o preto – Alexandre Palma aposta na pintura figurativa, homenageando as seis décadas de existência da agremiação, sem desconsiderar, segundo o próprio artista, essa atmosfera de calor como multiplicadora, em outro plano, de inquestionáveis tensões no presente. “O desafio da cor está em todas as composições: enquanto artista relembro trajetórias de minha família na zona norte, revisito passagens como folião-observador na Avenida Rio Branco e seleciono imagens recentes de quando saí como componente na Ala Carajás ou na Ala Guerreiros do Cacique”, ressalta Alexandre.

Com curadoria de Augusto Herkenhoff, a série de pinturas na individual “Eu sou Cacique!” traduz a busca do artista em transpor a agremiação intercultural e barroca para o espaço pictórico, sublinhando a gestualidade no uso da tinta à óleo e da aquarela. Esta tentativa de diálogo com a cor inclui fragmentos sobre a cultura afro-brasileira e a questão indígena, dois dilemas modernistas que se reconfiguram em novas tendências na arte contemporânea, como bem nos lembra o artista.

Tendo estudos iniciais com a pintora Nadyr Marques até os ateliês do Parque Lage e da Escola de Belas Artes da UFRJ, onde hoje leciona na área de artes visuais, Alexandre Palma dirigiu curtas-metragens sobre Patapio Silva e Casquinha da Portela. Na abertura da exposição o artista apresentará a performance “Vermelho 22” ao lado do lançamento de catálogo impresso com texto de Carlos Alberto Medeiros.

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