Baleia Rosa do Amor mantém tradição nos festejos populares em Salvador

Nesta quarta-feira, 22, a tradicional Baleia Rosa do Amor de Itapuã, completará 35 anos participando dos festejos populares de Salvador, fechando a programação da quarta-feira de cinzas, no carnaval de 2023, “Despedida da Baleia Rosa do Amor.”

De acordo com o produtor cultural Cristiano Loureiro, neste ano terá uma homenagem em memória ao Sr. Armindo Biriba, nativo de Itapuã, campeão brasileiro pelo Esporte Clube Bahia, em 1959.

Biriba, jogador do Esporte Clube Bahia- Crédito: Reprodução

Programação

A atração cultural terá concentração por volta das 15h no Parque Metropolitano do Abaeté, onde segue desfilando até a Praia de Itapuã, ao som de um trio elétrico.

Ao chegar na região da orla de Itapuã, na Praia do Porto do Meio, antigo cemitério de baleias, em frente a Igreja de Nossa senhora da Conceiçãode Itapuã, a Baleia Rosa do Amor é lançada ao mar por moradores nativos, e levada até a região da famosa “Pedra que Ronca”, tendo um desfecho especial com o pôr do sol ao mar de Itapuã.

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História

A Festa da Baleia de Itapuã foi criada em 1987 pelos artistas Waly Salomão e João Loureiro, artista plástico e produtor Cultural e Waly, naquele momento presidente em exercício da Fundação Gregório de Matos e coordenador do Carnaval de Salvador, para ser o símbolo da Lavagem e do Carnaval do bairro. No mesmo ano, a festa foi coordenada pela atriz Gessy Gesse, e a baleia criada e desenhada pelo designer gráfico tropicalista Rogério Duarte, e confeccionada em papel machê pelo artista plástico Isolino Passos.

No ano seguinte, 1988, Waly Salomão e seus amigos, o artista plástico e produtor cultural João Loureiro e o empresário Di Andrade, criaram a Baleia Rosa do Amor, uma baleia lúdica, inflável, com nove metros de comprimento, que simbolizou a Lavagem de Itapuã e o Carnapuã/88.

Criou-se então a “Chegança da Baleia Rosa do Amor de Itapuã”, momento em que desfilou na lavagem do bairro e no sábado de Carnaval. Chegou do mar sendo recebida pelo Malê Debalê, o cantor e compositor Gilberto Gil que, além de se apresentar com o sambista Riachão cantando “Baleia da Sé”, ajudou a coordenar a festa, que alcançou mídia em nível nacional.

A baleia retornou ao mar na quarta-feira de cinzas. Esse Carnaval ficou na memória de todos como o maior Carnaval já realizado no bairro.

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A “ Festa da Baleia de Itapuã, A Baleia Rosa do Amor, ”, foi revitalizada em 2003, pelo produtor cultural Cristiano Loureiro, com o apoio do Ministério da Cultura, e a articulação de apoios à realização do evento, sempre mantendo a tradição de um cortejo animado por diversas atrações artísticas e musicais. Em 2008, com o apoio da EMTURSA, a baleia chegou do mar puxada por barco, conduzido por pescadores, para a Lavagem de Itapuã.

Comemorando os 20 anos, foi recepcionada com fogos de artifício e pelo bloco afro Malê Debalê, que a escolheu como tema da Lavagem de Itapuã 2008. A baleia seguiu em cortejo até a Igreja de Nossa Conceição de Itapuã, para reverenciá-la, voltando ao mar, despedindo-se da festa, sendo aclamada por moradores, turistas e pescadores.

Em 2017, 2018, 2019 a “Festa da Baleia de Itapuã, A Baleia Rosa do Amor” foi sucesso total de público e nos pricipais veículos de comunicação, sempre com o apoio da SALTUR. Isto fez com que a Festa da Baleia de Itapuã, A Baleia Rosa do Amor, fosse homenageada na 20a ala da Escola de Samba Viradouro, campeã do Carnavaldo Rio de Janeiro 2020.

No mesmo ano, com o apoio da SALTUR a Baleia Rosa do Amor, arrastou multidão do Abaeté à Praia do Porto do Meio para a sua despedida do Carnaval da Bahia, com o tema “Vamos Salvaro Abaeté.” Em 2021, mesmo com a pandemia a Baleia Rosa do Amor, simbolizou a Lavagem de Itapuã e a Despedida da Baleia Rosa, na quarta-feira de cinzas, com uma grande máscara na sua face, quando foram distribuidas 500 máscaras para chamar a atençãoda população quanto ao uso da máscara, com cobertura da TV Bahia.

No ano seguinte, em 2022 a Baleia Rosa do Amor, simbolizou, no mar de Itapuã, a centenária lavagem do bairro, no dia em que seria comemorada a festa, e na Despedidada Baleia, na quarta-feira de cinzas, com uma mini charanga, com a cobertura da imprensa local e nacional.

Convém destacar que a “Chegança da Baleia Rosa de Itapuã, a Baleia do Amor”, em 1988, ficou marcada no imaginário da população local e de todos aqueles que tomaram conhecimento dos festejos, pelo seu aspecto lúdico, de integração, celebração e preservação ambiental.