Aedes aegypti na Pandemia: prevenção à dengue, zika e chikungunya não pode parar

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Ação de combate em São Luís - Crédito: Reprodução/Prefeitura de São Luís

Em tempos de preocupação com a Covid-19 é importante não esquecer de combater a proliferação do “mosquito da dengue”

Ação de combate em São Luís – Crédito: Reprodução/Prefeitura de São Luís

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2021, foram registrados 465.897 casos e dez mortes por dengue no país, entre os dias 3 de janeiro e 17 de fevereiro. Esses números elevados podem ter relação com o fato de que muitas pessoas acabaram deixando a preocupação em combater às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti de lado, para focar os esforços em se prevenir do novo coronavírus.

Outro fator a ser observado é a subnotificação, já que por causa da pandemia, muitas pessoas acabaram evitando ir aos hospitais por medo da contaminação pela Covid-19, o que faz com que diversos casos acabem não sendo registrados. Em 2021, estima-se que o número de casos subnotificados seja quatro vezes maior que os casos notificados. No ano passado foram registrados 1 milhão de casos, já em 2021, 500 mil até o mês de agosto.

O ideal, como evidenciam os números, é estar preparado para combater as duas doenças da melhor forma possível.

Dengue do ponto de vista clínico

Segundo a enfermeira Natália Martins Gama, a dengue se apresenta em duas formas distintas. “A forma clássica é um mal estar geral, a pessoa apresenta febre, dores nas articulações, dor atrás dos olhos, além de náuseas”. A enfermeira explica que esses casos podem ser tratados de forma mais rápida, no entanto há a possibilidade do quadro evoluir para o segundo tipo de dengue, a hemorrágica. “O vírus destrói as plaquetas com o processo inflamatório. A pessoa pode ter hemorragia, sangramentos sérios, podendo evoluir ao óbito de forma muito rápida.”, explica.

 

A enfermeira faz um alerta: “O mosquito põe os ovos em água parada suja ou limpa, então é bom sempre fazer uma vistoria pela casa para evitar os focos e usar o repelente. Essa é basicamente a melhor forma de prevenção.” Para ajudar nesse cuidado, o repelente corporal SBP serve como um verdadeiro inibidor para o olfato do Aedes aegypti, evitando sua picada. Já o SBP Inseticida Aerossol atua eliminando completamente os mosquitos do ambiente.

Uma responsabilidade de todos

O mês de setembro marca o início do período de alta de casos de dengue em todo o Brasil, por isso a prevenção e o combate são deveres de cada um de nós. Os esforços coletivos de prevenção são a chave para evitar surtos, epidemias, formas graves da doença e óbitos.

Considerando que 80% dos depósitos (ou criadouros, local onde se acumula água limpa e parada onde o mosquito vai depositar seus ovos) estão dentro ou próximos das residências, por isso, é importante lembrar que não é hora de descuidarmos quanto à eliminação dos criadouros do mosquito.

Crédito: Reprodução/Prefeitura de São Luís

Dengue em São Luís

Na capital maranhense, de 2019 a 2021, foram notificados 1902 casos de dengue, 267 de chikungunya e 366 de zika vírus. De acordo com Maria do Socorro da Silva, da equipe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) de São Luís, os números mostram uma redução de casos durante a Pandemia.

“A partir da confirmação de casos de Covid-19, em março de 2020, as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (arboviroses), no município de São Luís – Maranhão, apresentou uma redução das notificações de casos.”, afirma. No entanto essa redução pode ser consequência de vários fatores: subnotificação – os casos ocorrem, mas não chegam ao conhecimento das autoridades sanitárias, esgotamento de suscetíveis pela doença – pessoas que adquiriram imunidade, ou pelo receio da população em procurar atendimento nos serviços de saúde.

“A dengue continua acontecendo e em todo caso suspeito de arboviroses deve-se procurar uma unidade de saúde para atendimento”, ressalta.

Maria do Socorro dá ainda uma dica que pode ajudar bastante na missão de conter a proliferação do Aedes aegypti: “É importante que uma vez por semana os moradores elejam um dia para fazer um checklist (vistoria de locais favoráveis à criação do mosquito) dentro das suas residências”, sugere.

Chikungunya durante o isolamento social

“Foram 14 dias intensos e de muita dor. Até hoje, três meses depois, ainda sinto dores, às vezes completamente incapacitantes”. Esse relato é da enfermeira obstetra Camilla Jordão (29), vítima da chikungunya durante a pandemia do novo coronavírus.

Camila e família – Crédito: Reprodução/Redes sociais

Tudo começou no mês de junho, quando o esposo de Camilla apresentou sintomas da doença. “Ele acordou com muita dor nas articulações e com o passar dos dias isso foi só piorando”, conta. 24 horas depois foi a vez da filha do casal, Maria Lia, de apenas seis meses de vida na época, emitir o alerta de que algo estava errado. “A minha bebê amanheceu com febre muito alta. Ela estava quase aprendendo a sentar, engatinhar… quando teve a doença ficou totalmente travada.”

Camilla conta que o desenvolvimento da filha foi bastante afetado pela doença. “A gente colocava ela no chão e ela chorava muito”. Três dias após a primeira pessoa da casa manifestar o primeiro sintoma da doença foi a vez de Camilla ser diagnosticada com chikungunya. “Eu tive febre e também muitas dores nas articulações. A minha pele ficou bastante ressecada e descamando completamente.”

A situação da família de Camilla foi uma realidade em muitos lares brasileiros durante o período de isolamento social. De acordo com o último Boletim Epidemiológico emitido pela Secretaria de Vigilância em Saúde, órgão do Ministério da Saúde, 63.713 pessoas tiveram chikungunya no primeiro semestre de 2021.

Por estarem dentro de casa e passando mais tempo em seus próprios bairros, muitas pessoas passaram a ter mais contato com a falta de infraestrutura e saneamento básico de suas comunidades. Uma alternativa à essa problemática é que cada indivíduo passe a adotar medidas de prevenção à proliferação do Aedes aegypti.

Camilla e a família passaram a ter ainda mais atenção à importância de combater o mosquito. “A gente percebeu um aumento muito grande na quantidade de mosquitos. Como forrar a casa toda sairia por mais de 3 mil reais, adotamos a barreira física, usando calças, blusas com manga comprida e também sempre usando produtos que garantem uma proteção completa como os inseticidas e repelentes de SBP”, relata.

#JuntosContraOMosquito

O Movimento #JuntosContraOMosquito é fruto de uma parceria entre a SBP e a Cruz Vermelha Brasileira, uma das maiores organizações humanitárias do mundo. A ideia é eliminar cada vez mais focos de insetos que causam riscos à saúde e bem-estar dos moradores de comunidades brasileiras. O objetivo central do programa é erradicar doenças transmitidas por mosquitos como o Aedes aegypti, e além disso, promover a conscientização popular sobre a importância da proteção contra esses insetos.

O programa #JuntosContraOMosquito realiza constantes ações nas comunidades ao redor de todo o país e já atingiu mais de 18 mil famílias nos últimos três anos e mais de 100 mil famílias com doações de produtos em 2020.

A prevenção não pode parar

Caroline e o filho Carlos – Crédito: Reprodução/Redes sociais

Para quem tem criança pequena em casa, os cuidados com o mosquito Aedes aegypti precisam ser redobrados. Caroline Mendes (25) é mãe do pequeno Carlos Eduardo de apenas três anos. Quando o assunto são os cuidados diários que ela tem com o filho, consigo mesma, e também com a comunidade que a cerca, Caroline conta que não abre mão dessa constante prevenção. “Uso repelente em dias que tem muito mosquito e tenho o cuidado de observar vasilhames que possam armazenar água parada.”, disse.

Questionada sobre a importância de manter a vigilância com relação ao Aedes aegypti mesmo durante a Pandemia, ela ressalta que tem bastante preocupação com relação à saúde e bem estar do filho, por isso prefere ficar em alerta. “A dengue é uma doença perigosa também, e pode ser tão letal em crianças quanto a Covid-19”, ressalta.

O uso de repelentes corporais em crianças deve ser feito diariamente, principalmente quando estão na escola e em lugares ao ar livre, para evitar a picada dos mosquitos transmissores de doenças.

Os esforços coletivos para evitar a proliferação do mosquito precisam ser constantes e intensos. Confira algumas dicas para praticar no dia a dia e ajudar no combate:

  1. Mantenha os pratos de vasos de flores e plantas com areia;
  2. Guarde garrafas com a boca virada para baixo;
  3. Limpe com frequência as calhas dos canos;
  4. Não jogue lixo em terrenos baldios;
  5. Coloque o lixo sempre em sacos fechados;
  6. Mantenha baldes, caixas d´água e piscinas sempre tampados;
  7. Deixe pneus ao abrigo, evitando chuva e água;
  8. Elimine copinhos plásticos, tampas de refrigerantes e cascas de coco em sacos que possam ser lacrados;
  9. Fure latas de alumínio antes de serem descartadas para não acumular água;
  10. Uso combinado de produtos que eliminam e afastam os mosquitos, evitando sua picada. A marca SBP possui uma linha completa de proteção com inseticidas, repelentes e larvicida para garantir a proteção de toda a família;
  11. Lave bebedouros de aves e animais pelo menos uma vez por semana.

A prática de todos os métodos combinados e a proteção coletiva do bairro é essencial para eliminar os mosquitos transmissores de doenças.

#JuntosContraOMosquito

Esse conteúdo foi desenvolvido em parceria com SBP, marca de inseticidas e repelentes.

Você já leu a matéria que fala sobre ter atenção redobrada com as crianças em área de saneamento básico precário? Confira agora.

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