“Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil”

Medidas emergenciais de proteção social. Foto: Luiz Carlos Gomes/Oxfam Brasil

O executivo brasileiro precisa implementar políticas públicas emergenciais no enfrentamento da fome.

A conclusão que o direito humano à alimentação adequada e saudável é para poucos, muitos que compõem os grupos historicamente menorizados da população brasileira – pobre, periférica, camponesa e de baixa escolaridade-têm pouco ou quase nada para comer, Rede PENSSAN- Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.

A Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), realizou o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19.

Do ponto de vista étnico e racial, a fome esteve presente “na rotina de 10,7% das residências chefiadas por pessoas pretas e pardas. Entre as brancas, o percentual foi de 7,5%.

Desafios para erradicação da fome no Brasil. Foto: Rede PENSSAN

A pesquisa aconteceu em 2.180 domicílios nas cinco regiões brasileiras, em áreas rurais e urbanas, entre 5 e 24 de dezembro de 2020, revelando que 19 milhões de brasileiros enfrentam a fome diariamente.

O Inquérito foi desenvolvido em parceria com ActionAid, Fundação Friedrich Ebert-Brasil, Instituto Ibirapitanga e Oxfam Brasil. Acesse na íntegra o documento completo.

A pesquisa aponta desigualdades regionais na questão da fome. “No Norte e no Nordeste, os índices de insegurança alimentar e nutricional ficaram, respectivamente, acima dos 60% e 70%”.

Regiões Norte e Nordeste quem mais sofrem com a fome. Foto: André Teixeira/Oxfam Brasil

“Insegurança alimentar é quando alguém não tem acesso pleno e permanente a alimentos, desta forma, mais da metade da população brasileira estava nessa situação, nos mais variados níveis: leve, moderado ou grave, contudo, aqueles em situação de insegurança alimentar grave eram 9% da população equivalente a 19,1 milhões de brasileiros estavam passando fome”. Em plena crise sanitária, “mais de 22% da população brasileira não tinha acesso à água potável de maneira adequada” alerta a Rede PENSSAN.

Mulheres são as que mais passam fome, “em 11,1% dos domicílios chefiados por mulheres, quando a pessoa de referência era homem, o percentual foi de 7,7%”, revela a pesquisa.

Iniciativa de combate à fome em Salvador, o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional da cidade em 2012 aprovou a minuta da Política de Segurança Alimentar e Nutricional, que cria o Sistema e o Fundo Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional publicado no Diário Oficial do Município, 08/05/2012, p. 43.

Após a 5ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (2015) este documento foi atualizado pelos membros do COMSEA/SSA.

Regiões Norte e Nordeste quem mais sofrem com a fome. Foto: Rede PENSSAN

Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN) é uma instituição do Grupo Pró-Rede de Pesquisadores e Pesquisadoras em SAN, com objetivo de propor formas e instrumentos de integração de pesquisadores (as) desse campo temático, com vistas a estimular o intercâmbio entre eles e interagir com as agências de fomento e outras instituições públicas relacionadas com a SAN, informação é do portal da Rede.

No último dia (8), aconteceu uma live pela plataforma do Youtube que mostrou os resultados da pesquisa, e teve a presença das pesquisadoras Ana Segall e Rosana Salles, da Rede PENSSAN, e Marcos Coimbra, da Vox Populi. Debatedores: Gulnar Azevedo (Abrasco), Naidison Batista (Conferência Nacional Popular, Democrática e Autônoma por Segurança Alimentar e Nutricional) e Douglas Belchior (Coalizão Negra por Direitos). Moderação: Renato S. Maluf e Sandra Chaves, coordenador e vice-coordenadora da Rede PENSSAN. Assista ao vídeo.

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