13 de Maio é dia de luta contra o racismo e o genocídio

Atos acontecem em diversas partes do Brasil pedindo por justiça às vítimas do Jacarezinho, e todas as vítimas da violência do Estado Brasileiro.

Ato contra a Chacina do Jacarezinho _ foto: Marcella Saraceni

No 13 de Maio não há comemorações pela falsa abolição da escravatura, a data agora é marco nacional de denúncia contra o racismo e o genocídio da população negra, indígena, lgbtqia+, imigrantes, moradores de aglomerados, comunidades periféricas, urbanas e rurais.

Vozes de todo o País denunciam o genocídio da população vulnerabilizada, tanto pela falta de vacinas e agravamento da pobreza, quanto pela marginalização, encarceramento e violência policial, como ocorreu na Chacina do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (7/5), quando 28 pessoas foram executadas durante operação da polícia.

Em Minas Gerais não é diferente; na capital mineira o ato pelo fim do genocídio será hoje a partir das 17h com saída na Praça Afonso Arinos, em frente à Faculdade de Direito. A advogada popular e articuladora de organizações de enfrentamento contra o racismo e o encarceramento em massa, Nana Oliveira, deu entrevista para ANF sobre a violência que a população tem sofrido por agentes do Estado em todas as instâncias de poder.

“Não existe liberdade sem humanidade, a grande luta do povo negro, do brasileiro é ser reconhecido enquanto ser humano, ter direitos e garantias fundamentais iguais a todos (…) Direitos e garantias fundamentais neste País são só para alguns, isto está ligado à sua cor e posição social, o que aconteceu no Jacarezinho foi a gota d’água”, relatou.

Nana Oliveira contou também sobre alguns casos de denúncias de violência policial e como tem sido o enfrentamento contra a tortura e abusos de autoridades em Minas Gerais. O advogado e também articulador de organizações da sociedade civil Joel Costa explicou como “o estado de exceção não é antagônico ao estado democrático de direito (…) O estado democrático de direito compõe e produz seu próprio estado de exceção permanente para que alguns possam usufruir da plenitude da democracia; para que haja democracia para alguns, tem que haver estado de exceção para outros, e estes outros somos nós.”

Ao final do vídeo assista também a denúncia do jovem Daniel Felipe, vítima de ameaças e tentativas de homicídio por um policial, pede socorro à sociedade, durante audiência pública realizada na véspera do 13 de maio, pela Comissão de Direitos Humanos para ouvir e encaminhar denúncias de racismo, genocídio e violência policial, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Para acessar o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=cmV_MeEOKE0

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