O silêncio que vale uma vida

Foto - Reprodução Facebook

O cabo Pedro Henrique Machado de Sá, 35 anos, que estava de folga quando atirou contra Ryan Teixeira Nascimento de 16 anos e outros dois jovens, que brincavam no telhado de uma clínica em frente à casa do cabo em Magalhães Bastos na madrugada desta quarta-feira (18) Ryan não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Cinco testemunhas foram ouvidas e todas apontaram Pedro Henrique.

A motivação para um crime tão banal, era o barulho que os meninos estavam fazendo em frente a casa do policial, que é o mesmo que está nas ruas “protegendo” nossas vidas, é um retrato do total despreparo desses servidores.

“Quando cheguei lá, um menino estava tentando tirá-lo do telhado.”

O pai de Rayan, Alberto Nascimento, conta era comum os meninos jogarem bola no campo e entrar no posto para beber água. Quando chegou no local um menino estava, tirando o seu filho do telhado.

Renato Martins, advogado de defesa de Pedro Henrique, disse que por hora, o militar não vai prestar depoimento na DH. Segundo a defesa, a princípio o PM quis da sua versão do fato. No entanto, foi orientado a não dizer o que teria acontecido.

“Queremos esperar os laudos (de necropsia e de local) ficarem prontos e só depois ele vai explicar sua versão”, afirma o defensor. Segundo Martins, apenas uma cápsula deflagrada foi encontrada no local, mas testemunhas disseram ter ouvido mais de quatro disparos. “De fato houve disparo, mas ele não sabia que alguém foi baleado. Então, por essas dúvidas, ele vai ficar calado”, concluiu o advogado para o Jornal O dia.