Voluntários ensinam o beabá dos perigos da pandemia na Maré

Faixa alerta moradores no Complexo da Maré - Foto Gizele Martins

Com a pandemia de coronavírus, muitas pessoas na Maré, um complexo de 16 favelas que tem aproximadamente 130 mil moradores na zona Norte do Rio, estão vulneráveis e outras nem sabem bem o que está acontecendo. Pensando nisso, ONGs e Coletivos como Maré 0800, Maré Vive, Redes da Maré e Amarevê, estão empenhados na conscientização nas ruas e vielas do lugar.

Grupos de apoiadores alugam carros de som, produzem cartazes afixados em estabelecimentos, faixas estendidas em locais públicos e até arte nos muros, além da distribuição de cestas básicas tão essenciais neste momento de quarentena. Gizele Martins é comunicadora comunitária e está à frente em uma dessas ações para informar como evitar que o coronavírus se espalhe na favela:

“Nós, comunicadores comunitários da Maré, nos organizamos para lançar uma campanha para que moradores tomem as devidas medidas para se cuidar e cuidar do outro diante do aumento dos casos no Rio de Janeiro e em todo o país”, ela explica.

Daniele Moura, coordenadora de comunicação do Redes da Maré, reforça o trabalho contra o coronavírus na comunidade: “A Redes, tem dois papeis primordiais: um é comunicar, informar sobre a melhor forma de prevenção da doença. Mitigar os danos que são causados. O outro papel está na campanha de arrecadação de diversas frentes. Uma delas prevê a doação de cestas básicas, mediante cadastro dos moradores. Uma parceria nossa com Associação de Moradores da Nova Holanda”, diz Daniele.

O Redes Da Maré mantém ainda uma campanha com parceria da Fiocruz chamada: “Se liga no corona”, para informar a população com conteúdo chancelado pela fundação. Há uma página de perguntas e respostas disponível da página do Maré online.

” A população precisa ter cuidado ao entrar e sair de casa. Especialmente quando se convive com grupo de risco. é importante saber da importância da conscientização da população para evitar a disseminação rápida do vírus. A favela tem mais importância ainda nesse processo por viver num território onde o sistema de saúde é falho. É fundamental ficar em casa, junto aos seus, e só sair caso haja necessidade de trabalho ou ir ao mercado “, completa Daniele.

“A Campanha só está na rua, graças ao apoio dos doadores”, ressalta Gizele. Para mais informações sobre as ações de divulgação de conscientização ou para doar, acesse o e-mail: amareense@gmail.com para falar com Gisele Martins.

E o Redes da Maré, para fazer o cadastro para cestas básicas ou ser voluntário, o endereço é www.mareonline.com.br ,ou pelo telefone: 99924-6462, de segunda à sexta-feira das 14 ás 17 horas.