Vírus da empatia: corrente do bem “contamina” o mundo

O espírito solidário e o sentimento de empatia estão ainda mais aflorados nos tempos atuais devido à pandemia do coronavírus que se instalou no mundo.

“Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”! Este um mandamento sugerido. E que isso não seja interpretado como uma imposição religiosa ou algo que esteja restrito a quem professa alguma fé. Entender a profundidade em questão é se permitir agir com amor e cuidado, algo inerente ao caráter humano, na gênesis do que é a essência da humanidade. Eu só existo pela sua existência, então o ensinamento é Cuide do outro como se fosse você.

Neste cenário de guerra mundial contra um inimigo invisível, temos diversos grupos sociais atuando numa força tarefa para amenizar os impactos causados por toda mudança causada pelo isolamento social e a quarentena, ações essas determinados pela OMS- Organização Mundial de Saúde e que tem sido atendidas para evitar o maior número de mortes.

Na linha de frente temos exemplo dos profissionais de saúde, que sem medir esforços estão empenhados mais do que nunca para atender pacientes infectados com o Covid 19 e que em muitos casos estão agindo para além do compromisso profissional, mas reforçando de forma primorosa o juramento em salvar vidas.

Os gestores públicos vêm tomando medidas para que para muitas pessoas parecem rigorosas, mas o momento exige tal prática, e tudo leva a crer que tais ações tendem a ficar mais restritivas, para evitar circulação e aglomeração, onde a orientação é, fique em casa.

Grupos de empresários que em meio a crise financeira, estão se reinventado com seus negócios para manter seus funcionários e assim continuar suas atividades, e conseguindo oferecer gratuitamente atendimentos/ajuda em diversos áreas, seja na distribuição de alimentos ou produtos de higiene, e principalmente nas questões psicológicas, pois a alteração do cotidiano está influenciando no corpo e na mente.

Instituições do terceiro setor (ONG´s, associações, coletivos), ou religiosas, que já atuavam na assistência de pessoas em situação de vulnerabilidade social estão intensificando a corrente do bem, tanto para o seu público direto, quanto criando campanhas para ampliar o alcance de atendimento aos moradores das periferias.

Existem também grupos de pessoas ou até de forma “individual” que estão colocando em exercício sua empatia para com o próximo, se dispondo a contribuir com auxílio para realizar atividades externas para grupos de risco que estão em suas casas sem poder sair.

Que possamos permanecer em harmonia com tudo e com todos, pois os tempos são de extrema dificuldade e requer ainda mais o entendimento sobre a coletividade. Tudo que está acontecido tem exigindo de nós uma reabilitação da nossa prática diária.

Todos nós podemos ajudar de alguma forma, identifique seu talento e contribua para um mundo menos desigual. Certamente sairemos dessa situação um ser humano menos individualista.

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Paulo de Almeida Filho
Jornalista, Especialista em Comunicação Comunitária, Mestre em Gestão da Educação, Tecnologias e Redes Sociais - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Editor da Agência de Notícias das Favelas. Pesquisador do CRDH- Centro de Referência e Desenvolvimento em Humanidades - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Professor de Pós Graduação, em Comunicação e Diversidade, na Escola Baiana de Comunicação. Assessor da REDE MIDICOM- Rede das Mídias Comunitárias de Salvador. Membro do Grupo de Pesquisa TIPEMSE - Tecnologias, Inovação Pedagógicas e Mobilização Social pela Educação. Articulado Comunitário do Coletivo de Comunicação Bairro da Paz News. Membro da Frente Baiana pela Democratização da Comunicação. Integrante do Fórum de Saúde das Periferias da Bahia. Membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito- Núcleo Bahia. Integrante da Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores Coordenador Social do Conselho de Moradores do Bairro da Paz, EduComunicador e Consultor em Mídias Periféricas.