Universitários recebem apoio para desenvolver projetos de impacto social

Anna Luísa Beserra, idealizadora do projeto de água potável no semiárido - Arquivo Pessoal

Empresas de médio e grande porte e instituições de pesquisas estão apoiando estudantes com projetos de impacto social voltados principalmente para educação e empreendedorismo. De consultorias e mentorias até suporte financeiro, os Trabalhos de Conclusão de Curso ganham novo sentido para os autores, que passam a ter a possibilidade de colocar em prática suas propostas até então restritas ao universo acadêmico.

Uma dessas instituições apoiadoras de propostas nesse perfil é a Academic Working Capital (AWC), do Instituto TIM, que está com inscrições abertas para a sexta edição do programa até 19 de agosto, no site awc.institutotim.org.br. Nesta edição a prioridade será para projetos ligados à pandemia de coronavírus. A AWC oferece apoio financeiro, técnico e de negócios para estudantes transformarem o TCC em startups de base tecnológica.

Um dos projetos que já chamaram a atenção foi o de Anna Luísa Beserra, biotecnologista formada pela Ufba e criadora da Safe Drinking Water for All, startup socialtech, junto com a estudante da Universidade do Ceará-UFC Letícia Nunes, para desenvolver o Aqualuz, projeto que foi um dos vencedores no programa Jovens Campeões da Terra, das Nações Unidas para empreendedores de até 30 anos de idade com ideias inovadoras para o futuro do planeta.

“É um dispositivo que utiliza a radiação solar para tornar potável a água de poços ou cisternas comuns no semiárido. O projeto pode beneficiar grande número de pessoas que utilizam as cerca de 1,4 milhão de cisternas. Aqualuz torna a água potável sem uso de produtos químicos, usando apenas a radiação solar. Nossa meta era chegar a mil unidades, instalando 750 dispositivos este ano. Mas desde março interrompemos o trabalho por segurança na pandemia”, comentou Anna Luísa.

Existe uma negociação com uma empresa para que o produto seja integrado às cisternas que fornece para o poder público  Além disso, já tem investidores de olho na empresa.

Anna Luísa Beserra, biotecnologista – Foto ONU