Terreiros promovem ações sociais no subúrbio de Salvador

Crédito: Edu Fernandes
É notório que os terreiros, das religiões de matrizes africanas no Brasil, ocupam um papel relevante no que diz respeito as práticas de ajuda mútua.
Consolidando-se como quilombos no processo de solidariedade não só para sanar problemas de ordem espiritual ou material, como também agente social de diversos setores para o assegurar a cidadania dos indivíduos.
Que podem ou não ser filhos de santo como são chamados os adeptos.
As iniciativas de projetos sociais ocorrem em terreiros de Candomblé em Salvador e no Rio de Janeiro, com ações no campo da insegurança alimentar em um momento em que a fome voltou com grande força no período pós-pandemia do covid-19 no Brasil.

Crédito: Santana de Odé
Segundo o dado do Inquérito Nacional sobre Segurança Alimentar no contexto de pandemia do covid-19 no Brasil, existem mais de 33 milhões de brasileiros que estão em insegurança alimentar grave.
Em Salvador no Ilê Axé Odé Ofámeji, situado no bairro de Castelo Branco, tendo como sacerdote o Babalorixá Santana de Odé, tem como ponto de ação social o projeto Àkesán.
Que visa ajudar a população em situação de rua com o fornecimento de quentinha, sopa, jantar, material de higiene e saúde desta população em situação de vulnerabilidade. Nesta ponte aérea, vamos ao Rio de Janeiro para o Ilê Axé Meji Omi Odara, casa de matriz africana situada em Duque de Caxias, tendo como seu sacerdote o Babalorixá Joaquim Azevedo de Ogum, que funda a Associação Odara Social, localizada em Saracuruna, Duque de Caxias, com o compromisso mensal com famílias que estão em vulnerabilidade socioeconômica, atendendo e prestando assistência alimentar por meio de cestas básicas.
Crédito: Santana de odé
São cerca de 150 famílias dessa região. Outra ação significativa ocorre no bairro do Lobato, subúrbio ferroviário de Salvador, onde o projeto pedagógico Cirandas Pretas idealizado pelo Omó Orixá Valter Sales de Oxoguian faz uma ação voltada para arrecadação de brinquedos para distribuir para as crianças no fim do ano na festividade do Natal.
Esses espaços que têm com suas lideranças pessoas negras são canais de amplos saberes e dentro desses, encontramos uma agência social de um mecanismo de ajuda com uma visão da comunicação ampla para um olhar humanizado para com o sujeito da periferia.

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