No último sábado, moradores e lideranças da favela da Rocinha foram convidados para uma roda de debate sobre memória, questões climáticas, acesso e direito à moradia no CIEP 303 Ayrton Senna da Silva, escola próxima ao Túnel Zuzu Angel.
A proposta é uma experiência da Rede Favela Sustentável (RFS) e de sete museus comunitários de memória do Rio de Janeiro. Busca fortalecer a reflexão por meio da conscientização e atividades. O objetivo é construir práticas e apresentações de uma política pública em prol da sociedade-favela.
A iniciativa recebeu apoio do Comunidades Catalisadoras (ComCat) tendo três pilares da abordagem para uma favela sustentável: RioOnWatch, Termo Territorial Coletivo e a Rede Favela Sustentável, que é integrada ao programa.
Várias horas de atividades
O evento disponibilizou café da manhã e almoço, pois foram 9 horas de atividades no espaço de educação. Elas seguiram um cronograma de temas e dinâmicas com uso de fotografias e objetos que os moradores locais levaram, servindo como base coletiva e troca compartilhada.
A iniciativa foi filmada do início ao fim. O registro será usado num grande projeto que não terminou e sim, começou. Como bem disse Antônio Carlos Firmino, Fundador do Sankofa, “antes tarde do que nunca”, se referindo à demora para tratar de temas essenciais para os moradores.
O morro inteiro inunda
Por uma infeliz coincidência, pois o evento discutiu mudanças climáticas, ontem, terça-feira, dia 7 de fevereiro, a chove forte na favela da Rocinha e Vidigal, zona Sul do Rio de Janeiro, criou rios de água vinda do céu.
A Defesa Civil acionou 113 sirenes; 9 na Rocinha e 4 no Vidigal, segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio.
Por volta de 21h21 e ainda era possível ouvir o soar da sirene. Vídeo: Charlie Gomes/ANF
Duas motos são arrastadas por corrente d’água na Estrada da Gávea, próximo da clínica CMIR (Centro de Medicina Integrada da Rocinha). Vídeo: Reprodução/Twitter
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