Talíria Petrone na defesa da democracia

Talíria Petrone na Esquina da Democracia, Lapa. Fonte: Beatriz Lopes.

O espaço Esquina da Democracia, mais uma vez, acolheu o debate de princípios democráticos e possibilitou a reunião de diversas personalidades da política, da comunicação e do ativismo fluminense. Dentre tantos presentes no dia  11 de outubro, esteve uma nova representante do Rio de Janeiro em Brasília a partir do ano que vem: Talíria Petrone.

Nas Eleições de 2016, ela foi a vereadora mais votada da cidade de Niterói. Naquele contexto, a única mulher eleita para a Câmara Municipal. No último domingo, foi a nona deputada federal em maior número de eleitores no estado do Rio de Janeiro e a mulher mais votada de seu partido.

Em entrevista, Talíria demonstrou-se muito grata aos fluminenses pela confiança e pela grande quantidade de votos, e comentou sua reação quanto aos resultados do primeiro turno das eleições. “Eu acho que, por um lado, uma alegria muito grande de nossa campanha ter alcançado mais de 100.000 votos, de a gente ter eleito uma bancada com 3 mulheres negras aqui no Rio de Janeiro. Mas, em especial, foi uma preocupação com um avanço do setor do ódio, da violência”.

No evento “Eleitores de Ciro, Haddad e Boulos Juntos Contra o Bolsonaro”, realizado na Lapa, a futura deputada também falou sobre as novas estratégias tomadas pelos partidos de esquerda para o segundo turno das Eleições. “A gente tinha algumas configurações de coligações, de alianças. Agora, o que está colocado é que muitos partidos estão se juntando, fazendo uma aliança, mesmo que não formal, pra declarar seu voto, declarar sua campanha em candidatos que representam o campo democrático. Isso mudou em relação ao primeiro turno e se mostrou mais urgente uma unidade de um campo democrático popular, de um campo progressista, pra enfrentar esses tempos.”

Para Talíria, a eleição de novos representantes para a Assembleia Legislativa e para o Congresso são indícios de que a resistência reage ao atual avanço conservador. “O eleitorado optou por ter três mulheres negras na ALERJ, isso não é um detalhe. O que isso significa, na verdade, é uma necessidade de também se sentir representada no espaço que é engravatado, que é marcado pela velha política. Então acho que, se por um lado tem mais violência na política, por outro também tem mais gente e uma juventude querendo muito uma política com a sua cara. E a cara da maioria do povo é mulher, é negra, então não são – ainda bem! – mais questões menores.”

Tal como o propósito do evento, Talíria Petrone relatou a importância do engajamento e da participação popular na construção dos mandatos durante os próximos quatro anos. “Venham juntos, é hora de se organizar!” –afirmou.

Na Esquina da Democracia, pode-se perceber que a união de grupos de diferentes pontos de vista, mas com a mesma fé no regime democrático, é o primeiro passo para o combate à atual intolerância política e social. Como a próxima deputada federal disse, agora é hora de construir as lutas nas ruas em conjunto e fazer campanhas em defesa da democracia.