Rota do Bode poderá ser política publica do Governo Federal

No último pleito do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA, que aconteceu nos dias 13 e 14 de junho, o Projeto Rota do Bode, foi validado como apto para a segurança alimentar e nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana.

O Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana – FONSANPOTMA, apresentou, em Brasília, o Projeto Rota do Bode, aos Ministérios da Igualdade Racial, Ministério da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Desenvolvimento Social, Instituto Nacional da Reforma Agraria – INCRA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, Central de Cooperativas da Caatinga, Territórios Quilombolas e Movimento Fundo e Fecho de Pasto.

Os ministérios presentes e a demais organizações do governo federal, assinaram o recebimento da minuta do projeto e em seguida foi criado um grupo de trabalho para o desenvolvimento.

Crédito: MTST

Em base o projeto prevê a relação de produção e consumo entre Povos de Matriz, Comunidades Quilombolas e de Fundo e Fecho de Pasto.

O FONSANPOTMA é uma entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos, com atuação em 23 Estados da Federação para discussão e deliberação das proposições de interesse dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana, por meio de seus representantes, os Povos Bantos, Jeje, Yorugbas e da origem ancestral de territórios ‘ameríndios’.

O Objetivo geral do projeto Rota do Bode é Contribuir para a promoção da Segurança Alimentar e Nutricional, combate a fome junto as comunidades e territórios tradicionais e originários e ancestrais africanos da matriz africana

ATUALMENTE

No ultimo pleno do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA, que aconteceu nos dias 13 e 14 de junho, o projeto foi validado como apto para a segurança alimentar e nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana.

O CONSEA encaminhou para a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional – CAISAN a validação do projeto Rota do Bode.

A CAISAN tem o papel de reunir os ministérios que trabalham com a pauta da segurança alimentar. Promovendo assim, a logística necessária para a decretação do projeto, que poderá ser via assinatura presidencial.

Um grande avanço é que a criação de caprinos pelas comunidades tradicionais podem ser implementadas no Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, que compra produtos oriundos da agricultura familiar.

Outra aprovação no pleno do CONSEA deste mês de junho, foi a inclusão do caprino “bode” na lista dos alimentos nativos da sociobiodiversidade. Na lista consta de origem animal apenas o pirarucu, peixe nativo das águas da região norte.

O bode é um animal de alta relevâncias para o povo nordestino, bastante resistente a caatinga e aos climas secos do Brasil. Muito consumido pelos Povos Tradicionais de Matriz Africana.

ENTENDA O PROJETO

O Projeto Rota do Pode, consiste na criação de cabras e bodes por Comunidades Tradicionais de Fundo e Fecho de Pasto e Comunidades Tradicionais Quilombolas e suas cooperativas. Os animais seriam vendidos e transportados para todos os território brasileiro, consumido pelos Povos Tradicionais de Matriz Africana. Um destaque para o cultivo sustentável, respeito ao meio ambiente, um transporte que adequado e legalizando assim a venda dos caprinos.

Pretende-se alcança cerca de R$ 586 milhões anuais ou 26,7 mil empregos sustentáveis diretos para os Povos envolvidos.

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Doté Olissassì
Graduado em Pedagogia, Pós-graduado em Gestão Pública Ambiental, Roteirista, Produtor Cultural, Comunicador e Consultor de Projetos. Autoridade Tradicional (Doté) da Fraternidade de Matriz Africana S'aganmà Zùn, Povo Tradicional de Matriz Africana Jeje Mahi. Coordenador Geral do escritório da Associação Mundial Naziafah no Brasil, Coordenador Nacional de Articulação Política do Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana - FONSANPOTMA, Coordenador de Comunicação da Teia Nacional Legislativa em defesa dos Povos Tradicionais de Matriz Africana, Dirigente do Núcleo Nacional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana do Partido dos Trabalhadores, Conselheiro Fiscal da Cooperativa dos Povos Tradicionais de Matriz Africana - COOPTMA, membro do Movimento Negro Unificado - MNU-RN, Coordenador Estadual do Setorial de Segurança Alimentar do PT-RN, Conselheiro Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Meio Ambiente, Conselheiro Nacional de Igualdade Racial do Ministério da Igualdade Racial, Consultor de Projetos da Associação Multicultural Azumatar, Consultor Pedagógico da Antropos Consultoria Socioambiental, um dos autores do Livro Negritude Potiguar e Colaborador da Agência de Notícias das Favelas - ANF.