Rosa Parks: ativista na luta contra a segregação racial, “mãe do movimento dos direitos civis” (EUA)

A Suprema Corte Americana decidiu que as leis de segregação de negros em ônibus era inconstitucional- Crédito: Reprodução
A Suprema Corte Americana decidiu que as leis de segregação de negros em ônibus era inconstitucional- Crédito: Reprodução

A primeira semana de fevereiro jamais foi a mesma depois que o mundo conheceu a grandiosa Rosa Louise McCauley, mundialmente conhecida como Rosa Parks.

Nascia no dia 4 de fevereiro de 1913, aquela que seria chamada de a “mãe do movimento dos direitos civis” (EUA)”.

Ativista negra, um dos maiores símbolos dos direitos civis dos negros e nos Estados Unidos da América.

Rosa Parks foi revolucionária, fez história se opondo as leis segregacionistas. Em 1º de dezembro de 1955, sua força e garra registraram um dos momentos mais importante na luta travada por anos.

Naquela época, no Alabama, ocorriam os maiores conflitos raciais, desde 1900. Os assentos da frente dos ônibus eram destinados a pessoas brancas e as últimas, para os negros.

Entretanto, quando ônibus ficavam muito cheios, os negros eram obrigados a ceder os lugares para os brancos.

Certo dia, Parks pagou sua passagem como qualquer outro americano, mas em determinado momento da viagem, o motorista pediu que ela cedesse o seu lugar para um homem branco e ela recusou-se, acabou sendo presa.

Memorial com o interior de um ônibus no qual Rosa Parks negou-se a obedecer a uma lei segregacionista- Crédito: Reprodução

A notícia se espalhou rapidamente, e a prisão de Rosa Parks provocou um boicote aos serviços de transporte de ônibus, a mobilização foi liderada por Martin Luther King Jr.

A população negra de Montgomery se uniu, e começaram a ir aos seus destinos a pé.

Todos estavam se solidarizando uns aos outros, organizando horários e caronas para que ninguém utilizasse os ônibus, muitos até andavam mais do que o seu corpo podia aguentar, mas seguiam firmes no protesto, na luta.

O protesto durou mais de um ano, começando em 5 de dezembro de 1955 e terminando em 20 de dezembro de 1956.

Essa atitude iniciada por Rosa Parks incomodou tanto, que transformações sociais começassem a surgir. O boicote, a mobilização, a união, trouxeram resultados.

A suprema corte norte-americana decretou o fim da segregação racial dos negros nos ônibus nos EUA em 1956.

A carta que Rosa Parks escreveu em memória do Rev. Martin Luther King Jr- Crédito: Reprodução

Trecho da carta. “Eu o admirei e respeitei como um homem verdadeiramente grande, dedicado à liberdade, paz e lealdade para toda a humanidade oprimida. Ele foi um líder das massas em Montgomery, Alabama e da nação.”

Origem

Rosa Parks era filha de um carpinteiro, James McCauley, e da professora Leona Edwards, nasceu em Tuskegee, no estado do Alabama, localizado no sul dos Estados Unidos.

Ainda criança mudou-se com a mãe para Pine Level, região metropolitana de Montgomery, conhecida como a capital do Alabama.

Precisou parar de estudar para trabalhar como costureira, tendo que ajudar nas despesas da casa, por conta da saúde debilitada da mãe e avó.

Casou-se aos 19 anos com Raymond Parks, um barbeiro, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, organização que lutou pelos direitos das comunidades afro-americana nos Estados Unidos. Rosa também fez parte da organização.

Muitas mulheres, assim como Rosa Parks tiveram suas histórias ofuscadas pelo machismo, fazendo com que seus nomes não fossem tão relevantes como os personagens masculinos.

“O racismo ainda está conosco. Mas cabe a nós preparar nossos filhos para o que eles têm de cumprir e, esperançosamente, vamos superar”, Rosa Parks.

Ela faleceu aos 92 anos de causas naturais, em 24 de outubro de 2005 na sua residências, em Detroit, Estados Unidos.

É preciso lembrar nomes femininos que são percussores na luta contra a desigualdade e segregação racial.