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Após mais de 12 rodadas de negociações sem acordo, os rodoviários de Salvador decidiram deflagrar uma greve geral por tempo indeterminado, com início marcado para a próxima quinta-feira, 29 de maio. A paralisação afetará toda a frota de ônibus da capital baiana, incluindo os serviços urbanos, intermunicipais, de fretamento, locadoras e turismo. 

O Sindicato dos Rodoviários da Bahia informou que, apesar de diversas tentativas de diálogo, as propostas apresentadas pelas empresas não atenderam às principais reivindicações da categoria. O presidente do sindicato, Hélio Ferreira, destacou que a pauta de reivindicações foi reduzida na tentativa de avançar nas negociações, mas a questão salarial permanece como um entrave. 

Os rodoviários, que estão em campanha salarial há mais de um mês, cobram a aprovação das principais reinvidicações. Entre elas, destacam-se:

  • Reajuste salarial com ganho real de 5%, além da reposição da inflação;
  • Licenças remuneradas;
  • Melhorias nos tickets de benefícios;
  • Instalação de banheiros femininos nos terminais

A categoria também se opõe à proposta das empresas de retirar os domingos de folga e retomar o banco de horas, consideradas conquistas históricas dos trabalhadores. 

A paralisação do transporte público deve impactar significativamente os moradores das periferias de Salvador, que dependem dos ônibus para deslocamentos diários. Bairros como Cajazeiras, Subúrbio Ferroviário e Sussuarana podem enfrentar dificuldades de mobilidade, afetando o acesso ao trabalho, escolas e serviços de saúde.

Uma audiência de conciliação está agendada para segunda-feira, 27 de maio, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tentativa de evitar a paralisação. No entanto, o sindicato afirma que a greve será mantida caso não haja uma proposta satisfatória por parte das empresas.