Professores e estudantes levam suas pesquisas à rua

O movimento de paralisação nacional do dia 15 de maio começou cedo na cidade do Rio de Janeiro. A chuva não desanimou professores e estudantes que realizam pesquisas e extensões à se organizarem na praça XV para apresentar a população o trabalho realizado. O evento contou com a participação dos institutos e universidades federais, tais como: CEFET, UFRJ, UFRRJ e UNIRIO.

Créditos – Dhiego Monteiro

O movimento estudantil correnteza, que atua nacionalmente, também esteve presente. Lucas Laurentino que é membro e estudante de engenharia da UFRJ falou com a Agência de Notícias das Favelas representando o movimento e afirmando: “ A gente acha que a coisa mais importante que temos nesse momento é a mobilização, porque o governo e as instituições privadas de ensino que estão cada vez mais na luta pelo sucateamento da educação pública, tem mais é interesse que a gente não consiga se mobilizar. Eles tem dinheiro e a única coisa que temos são os nossos próprios braços. E a gente acha que a mobilização tem que ser feita cada vez mais pela base, no dia a dia com estudantes. E é muito importante a gente conseguir organizar, mobilizar e estar presente nessas situações.”

Créditos – Dhiego Monteiro

Foram apresentadas pesquisas de diversas áreas, como: arquitetura, pedagogia e medicina. A maior parte dos trabalhos presentes foram em ciências biológicas, o que é um fato interessante, tendo em vista que o movimento de dialogar presencialmente com a população é algo mais comum às ciências humanas. Sair do laboratório para as ruas se faz extremamente necessário no momento político atual.
Um exemplo de laboratório é o da parceria do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho com o Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ. Os pesquisadores mostraram que a Universidade “Faz, pesquisa e ensina” em seu pôster. Os projetos são de curto e longo prazo em terapia celular, no tratamento de câncer, trabalhando não só com o tratamento, mas, também, aumentando a expectativa e qualidade de vida dos pacientes. Desde 1994 já foram realizados 749 transplantes.
Esse movimento de aproximação das instituições acadêmicas da população geral é algo que surgiu de um contexto caótico, porém traz esperanças para a tão ameaçada educação brasileira e deixa um importante legado a ser continuado e construído coletivamente.