Prisão política do ex-presidente Lula completa um ano nesse domingo (07/04)

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Os reflexos das escolhas do povo brasileiro em um ano da prisão do ex-presidente Lula e três meses de governo de Jair Bolsonaro.

No dia 7 de abril de 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi preso, sentenciado a cumprir 12 anos e um mês por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Lula foi acusado de lavar a propina de uma construtora beneficiada por contratos na Petrobras. Mas mesmo com trabalho intenso do judiciário para a acusação de Lula, ficou nítida a perseguição política contra o ex-presidente que mantinha a liderança em pesquisas de intenção de voto e assim favorecer candidatos da oposição a um governo de esquerda. Por causa da Lei da Ficha Limpa, onde condenados não podem assumir cargos políticos e se tornam inelegíveis por oito anos após a prisão, grande parte dos movimentos sociais e candidatos do campo da esquerda brasileira se juntaram para defender a liberdade de Lula e avanço do fascismo no Brasil. Mesmo após 365 dias encarcerado na sede da Polícia Federal em Curitiba, Lula ainda é o maior temor do atual governo e da direita de nosso país, prova disso, são as ameaças semanais feitas por Jair Bolsonaro a seus aliados, o governante de nosso país diz que não apoia-lo é fortalecer o Brasil do Lula, além disso, ele e sua família são constantemente vistos com camisetas estampadas com a figura de Lula atrás das grades.

Jair Bolsonaro se elegeu com os votos que não vieram do seu plano de governo inexistente (que em quatro meses de posse ainda não foi apresentado), o atual governo foi eleito com fake News que atacaram principalmente os direitos das minorias políticas, os 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores, qualquer proposta que diminuísse a desigualdade e principalmente a vontade da elite ver o símbolo da esquerda preso. O resultado de todo o despreparo do governo e a manutenção do ódio ao líder político Lula é refletido diariamente nas manchetes e falas dos governantes. O ministro da economia Paulo Guedes junto com o ministro da justiça Sérgio Moro se esforçam para desviar a atenção de rombos gigantescos, movimentações financeiras suspeitas e o desgoverno do atual presidente.

As chances de Lula obter a liberdade dependem do ministro Dias Toffoli, que retirou de pauta o julgamento que tratam da prisão após a condenação de segunda instância, o julgamento que aconteceria dia 10 de abril e agora não tem precisão, poderia impactar no processo do ex-presidente e outros na mesma situação. O presidente do Comitê de Solidariedade  Internacional a Lula e defesa da Democracia e ex-ministro da defesa Celso Amorim afirma que a prisão de Lula configura um processo internacional de afirmação dos Estados Unidos como potência hegemônica e por isso conta com o apoio das elites que estão infiltradas nas intuições de governo, principalmente no Ministério  Público e Judiciário. Ainda segundo Amorim defender Lula é defender o pré-sal e nossas riquezas nacionais, uma vez que o atual governo faz relações com os Estados Unidos de maneira unilateral que beneficia apenas a potência norte americana. Amorim  afirma que os Estados Unidos atua assim de maneira global e aqui no Brasil se apoiou em Bolsonaro que se espelha em Trump, na mídia e no judiciário.

A luta pela liberdade de Lula é lutar com as violações ao Estado de Direito que ocorrem no Brasil e ser resistência contra o fascismo, é acreditar no amor em tempos de ódio.