Primeiro de Maio: dia de solidariedade com a classe trabalhadora no Rio de Janeiro

No dia do trabalhador, o Rio de Janeiro contou com ações de solidariedade em diversos pontos da Região Metropolitana.

Entrega de quentinhas na comunidade da Rocinha. Foto: Igor Barbosa

O Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador, é celebrado em todo o mundo como uma data de grande significado. Essa data histórica rememora as lutas e conquistas da classe trabalhadora em todo o planeta, e nos permite apontar, no presente, para os principais desafios e prioridades que devem guiar nossas ações na construção de um país e um mundo para as maiorias, os 99% que, embora produzam as riquezas de toda a sociedade, são excluídos da possibilidade de uma vida digna pelo capitalismo e pelas classes dominantes que exploram nossos povos.

Nesse último Dia do Trabalhador, no Rio de Janeiro, os significados da data foram relembrados por meio de uma palavra que resumiu o dia: Solidariedade. Em diversos pontos da Região Metropolitana foram distribuídas refeições a trabalhadores e trabalhadoras que transitavam e vivem próximos aos locais de distribuição, em especial às pessoas que estão mais necessitadas em um momento de grandes dificuldades pelo qual passamos.

A distribuição de mais de 1000 quentinhas aconteceu em cinco regiões: Centro, Rocinha, Zona Oeste, Niterói e São Gonçalo, e foi realizada como uma ação unificada das Brigadas Populares, Frente Povo Sem Medo, Movimento dos Trabalhadores sem Teto(MTST), Movimento Unido dos Camelôs(MUCA) e Revolução Solidária.

Distribuição de quentinhas no camelódromo da Rocinha. Foto: Igor Barbosa

A solidariedade de classe das ações realizadas vem como uma forma de fortalecer e dialogar com o Brasil real, em contraposição ao mundo das fake News e fantasia dos discursos “oficiais”. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Brasília(UnB), Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG) e Universidade de Berlim, 125 milhões de brasileiros acordam sem saber como vão se alimentar.

É um triste retrato em um país atingido pelo desemprego de mais de 14 milhões de brasileiros e pela alta dos preços dos alimentos, em meio a uma pandemia que já retirou mais de 400 mil vidas. Os governos municipal, estadual e, especialmente, o governo federal, em vez de oferecerem um auxílio emergencial digno à população e acelerarem a campanha de vacinação, são os principais responsáveis por esse quadro ao aplicarem uma política econômica que ameaça a vida da população para enriquecer uma minoria de banqueiros e grandes empresários.

Nas ações realizadas, os movimentos e organizações dialogaram com os trabalhadores sobre o momento atual e a necessidade de nos unirmos e organizarmos contra essa política de morte, que atinge com ainda mais força as favelas e periferias. Na Rocinha, a distribuição aconteceu no Camelódromo da comunidade e no Espaço Comunal Elízia Pirozi, um Espaço recém-inaugurado na região da favela conhecida como Casa da Paz, que conta com projetos sociais de Educação Popular e um Cozinha Solidária que teve essa como a primeira de suas ações de solidariedade.

Nesse dia histórico, de tantas lutas, as organizações e movimentos sociais puderam exercer seu papel de solidariedade, diálogo e de mobilizar a esperança de moradores das favelas, periferias e brasileiros em geral, exigindo vacina e auxílio emergencial digno. Primeiro de maio, uma data de solidariedade. Uma data de luta.

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