Planeta Terra: ainda há chances de cura

Arte reprodução Internet.

O Planeta Terra estava girando muito depressa para atender seus habitantes, os terráqueos. O tempo de 24h já não estava mais sendo o suficiente para suprir todas as suas necessidades. E isso acabou ajudando o Planeta adoecer e ir parar no hospital em estado grave, com muita febre e falta de ar, sem previsão de alta.

Mas, não pense que é uma simples gripezinha, pois não é. É algo muito mais sério, muito mais forte do que uma gripe e os sintomas já vêm sendo sentido por ele há muito e muito tempo, e nós só nos demos conta agora de que tudo parou, que todos tiveram que se recolher, se isolarem, sem poder ter contato físico uns com os outros.

Há um ditado que diz “se não aprender por amor, aprenderá pela dor”, e talvez, seja desta forma que estamos tendo que aprender a cuidar do nosso bem maior, que é a vida. E quando me refiro à vida, me refiro a ela como um todo, desde a humana, até a animal e vegetal. Pois, deveríamos zelar por ela a cada segundo das 24h do dia, e isso não está acontecendo. Por este motivo a Terra adoeceu, não suportou mais sentir as fortes dores de tantas enfermidades que sofre. E foi preciso algo muito mais forte e poderoso, mesmo sendo invisível, para fazê-la parar e colocar os terráqueos em quarentena para refletirem sobre como a tratamos.

Mas, o que seria tão forte e poderoso o suficiente ao ponto de parar o Mundo todo? A Ciência rapidamente respondeu dizendo que era um vírus. Um ser invisível, mas com muita força e poder para fazer o planeta parar por algum tempo para poder se tratar, tentar curar suas feridas e mazelas.

Os cientistas também responderam que esse ser que circula há muito tempo entre nós, chama-se Coronavírus, e eles abreviaram seu nome para covid-19. Há algum tempo ele vem causando problemas como surtos e epidemias em alguns países. Com a descoberta da cura, através de uma vacina, deixou de circular. Mas, desta vez o Coronavírus voltou mais forte, ao ponto de causar uma pandemia e colocar o mundo inteiro em quarentena e isolamento total, sem que “ninguém” saia de casa, a não ser, em casos de extrema necessidade. E apertos de mão, abraços, beijos, toques físicos em geral estão restritos entre os seres humanos.

Recomendações para evitar o contágio são dadas todos os dias, durante o dia inteiro, por especialistas do mundo todo. Cuidados básicos de higiene, como lavar bem as mãos, usar álcool em gel, como proceder ao tossir ou espirrar, são ensinados nos telejornais, nos programas de TV e redes sociais. Solicitações para que se evite aglomerações em todos os locais, sejam fechados ou até mesmo abertos, são feitas frequentemente pelas autoridades de saúde, sanitária e pelos governos. Tudo para conter uma maior disseminação do vírus que é letal. Vírus que já matou milhares de pessoas pelo mundo.

Mas, covid-19, além de demonstrar letalidade, está expondo o quanto somos frágeis, vulneráveis, iguais e ao mesmo tempo desiguais. Ele fez com que inflamasse todas as chagas e feridas abertas a muitos anos, fraturas expostas que nunca foram tratadas, piorassem ainda mais. O vírus retornou ao nosso convívio, trazendo consigo o caos, sufocando a economia de todos os países, inclusive as dos mais ricos. Ele está esfregando com bastante força, na cara de todos nós o que não queríamos olhar, que dirá ver, que é a miséria em que muitos seres humanos vivem, em todas as partes do mundo.

Sim, o Coronavírus freou o Planeta Terra, isolou os seres humanos dentro de suas casas. Está dando grandes prejuízos aos cofres públicos mundiais, as grandes e principalmente as pequenas empresas, aos grandes empresários milionários dos esportes e de os todos outros ramos. Ele não está poupando pobres e nem ricos, os riscos de contágio são iguais para todos. A maior recomendação das autoridades é que todos devem ficar em casa, e manter os cuidados básicos de higiene.

E foi aí que vírus mostrou que os seres humanos não são tão iguais assim, que há uma enorme desigualdade social na Terra, e devemos refletir sobre isso. Que aqueles que são bem mais vulneráveis ao contato com ele, como idosos é pessoas com doenças pré-existentes. E o pior, que nem todos podem se isolar em casa e manter cuidados básicos simples, como lavar as mãos com água e sabão. Muitos não têm água e nem sabão em casa, e outros muitos não têm nem casa, então como vão se isolar para não serem contaminados?

Mas, não é só no Brasil e os outros países da América do Sul e da África que esta terrível realidade existes. Nações ricas, como Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, entre outros, estão sem saber como fazer com as milhares de pessoas que vivem nas ruas, que não têm renda fixa (ou nenhuma) e as que estão abaixo da linha da pobreza. O que fazer com toda essa gente, que também está com medo de serem contaminados pelo Coronavírus? Onde abrigar os sem-teto, para que eles possam ficar isolados e evitar o contágio? Quantos hospitais a mais devem abrir para atender a todos os doentes? Os líderes mundiais estão tendo que lidar com questões que a ganância os impedia de ver.

Sim, a ganância, a ambição, as lutas e batalhas desiguais e, muitas das vezes sangrentas, para conquistar dinheiro e poder não os previnem contra o que estamos vendo agora. A falta de estrutura para acolher, socorrer, abrigar e alimentar milhões de seres humanos é iminente, o mundo se preparou para enfrentar uma guerra com armas de fogo, mas não para enfrentar algo microscópico, invisível, como um vírus. Todas as nações se preparam bem para disputarem territórios, disputarem petróleo, mas não para encontrar as curas das doenças físicas e mentais.

Talvez, essa pandemia faça com que reflitamos enquanto estivermos em isolamento sobre nosso comportamento social. Refletir sobre coisas tão simples como ter respeito e empatia com o próximo. Entender que o direito de um começa quando o do outro termina. Para que aprendamos a dividir o muito e principalmente o pouco que tivermos. Os que estão acima, mesmo que seja um degrau a mais, repensar suas atitudes, e se realmente está valendo apena pisar em quem está em baixo. Se não é possível estender a mão para ajudá-lo a subir ou não deixá-lo cair ainda mais, até que não seja possível socorre-lo. São atitudes tão simples que poderíamos ter tomado sem ter que esperar o covid-19 chegar para nos separar, isolar, para vermos quanto somos frágeis e precisamos uns dos outros. Que o nosso Planeta Terra e nosso bem maior, que é a vida, precisam ser preservados, bem cuidados e zelado por todos nós seres humanos, ou terráqueos, como queiram.

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Carla Regina
Sou estudante do último período da faculdade de Jornalismo, gosto muito de ler e de escrever. Me acho simpática, pelo menos é o que me dizem as pessoas quando me conhecem, mas creio que eu seja sim, pois adoro fazer novas amizades e conservar as antigas. Comunicativa, dinâmica e muito observadora, um tanto polêmica. Gosto muito de trabalhar em equipe, mas, dependendo da situação, a minha companhia para trabalhar também é ótima. Pois, na minha opinião, a solidão aguça a criatividade, fazendo com que a mente e os pensamentos fluam um pouco melhor. Comecei a trabalhar muito nova, ainda quando criança e já fiz muita coisa na vida, mas meu sonho sempre foi ser Jornalista e Historiadora, cheguei a ter muitas dúvidas de qual faculdade cursar primeiro, já que para mim as duas carreiras são maravilhosas. Então, resolvi entrar primeiro para o Jornalismo e no decorrer do curso percebi que cursar a faculdade de História não era só uma paixão, mas também uma necessidade para linha de jornalismo que que pretendo seguir. Como sou muito observadora e curiosa, as duas profissões têm muito a ver com minha pessoa. Amo escrever e de saber como tudo no mundo começou, até porque. tudo e todos tem um passado, tem uma história para ser contada.