Paraíba cria plano de ação para aplicar protocolo de feminicídio

Um total de 93 mulheres foram mortas por crimes letais intencionais na Paraíba de janeiro a dezembro de 2020- Crédito: Reprodução

A criação do plano é fruto dos estudos e discussões promovidas pelo Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) criado e publicado em Diário Oficial do Estado da Paraíba, aos 23 de novembro de 2018.

O plano é responsável por adaptar à realidade da Paraíba as diretrizes nacionais, elaboradas em parceria do Governo Brasileiro e ONU Mulheres (2016), para prevenir, investigar, processar e julgar, com perspectiva de gênero, as mortes violentas de mulheres (feminicídios) ocorridas no estado.

Com estratégias das ações, o plano foi dividido em três eixos: invesitgação, processo do crime de feminicídio e julgamento, além de outras ações que envolver a relação de órgãos do estado.

O Grupo de Trabalho Interinstitucional -GTI é composto por representantes das secretarias estaduais, órgãos de segurança pública, instituições do sistema justiça, cientistas, e sociedade civil, mas especificamente: Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH); Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social (SESDS); Ministério Público Estadual (MPPB); Defensoria Pública Estadual (DPE); Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB); Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Movimento de Mulheres.

Casos de feminicidio na Paraíba

Em 2020, 93 mulheres foram mortas na Paraíba. Deste total, 36 casos estão sendo investigados como feminicídio.

O número representa um percentual de 38,7% no número de feminicídios com relação aos assassinatos de mulheres. Os números são da Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social.

Em relação a todo o ano de 2019, o percentual diminuiu em 2020. No mesmo período do ano passado, o número de feminicídios representou 52% da quantidade de mulheres assassinadas.

De acordo com o Núcleo de Análise Criminal e Estatística, foram registradas 73 mortes de mulheres. O número de 38 feminicídios é superior ao de homicídios dolosos de mulheres, que não têm relação com o gênero. Além disso, os dados também mostram que duas mulheres morreram por latrocínio.

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