O vegano periférico

Imagem: Reprodução internet.

Que o veganismo tem sido um tema polêmico no mundo afora todos sabemos. Essa mudança nos costumes taxada de elitista, no entanto, já conquistou as favelas e aos poucos tem quebrado as barreiras que a falta de informação gera nessa nova forma de consumo. Afinal, o que é ser vegano? É possível sobreviver bem sem utilizar-se de proteína animal e outros produtos de origem animal?

Bom, o veganismo é um movimento que possui diversas vertentes, mas tem como ponto de partida principal um olhar de mais compaixão para com a causa animal. Ou seja, veganos não consomem ovos, carnes, leite, queijos ou qualquer outro produto que contribua com a exploração animal. Apesar de ser um estranhamento, vide a maneira como somos criados, está longe de ser impossível aderir à causa.

Os veganos periféricos estão justamente nas redes sociais quebrando esse tabu. O perfil do Instagram @veganoperiferico é de dois irmãos que juntos vêm desconstruindo essa imagem negativa do veganismo e mostrando que a mudança de hábito é uma questão de acesso à informação. Um grupo bacana de acompanhar é o “Veganismo sem firulas’’, no Facebook, que já conta com mais de 13 mil integrantes. O grupo discute diversas receitas das mais elaboradas até as mais simples que vão mostrar o quão prazeroso e acessível pode ser o veganismo se você colocar a mão na massa.

Contudo, não precisa virar vegano de um dia para outro. Só a redução do consumo de carne já possibilita uma melhor qualidade de vida como a redução do risco de diabetes, câncer e doenças cardiovasculares. Além é claro de contribuir com o planeta, já que apenas um quilo de carne gasta 15.500 litros de água. E não, para uma dieta balanceada não é preciso proteína animal. Há diversos alimentos que permitem suprir essa necessidade protéica, como o feijão, a lentilha, o grão de bico e o espinafre, todos ricos em proteína. Então, reduza o máximo que der e seja feliz com as novas explosões de sabores.

* Matéria publicada no jornal A Voz da Favela, Rio de Janeiro, novembro 2019.