O Deus do Messias, Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro. (Foto: Evaristo/Sá/AFP).

O âmbito do cenário político brasileiro é de causar ao mesmo tempo náusea e ataques frouxos de risos. Nós vemos o chefe do executivo, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro com seus discursos preconceituosos. Ele se mostra machista, homofóbico, sexista, e contrário a tantos outros grupos que pensam diferente dele.

A democracia é baseada, sobretudo, pela diferença e diálogo. Aliás, a democracia deveria ser uma democracia social.
O mais interessante disso é que o discurso do Bolsonaro é legitimado através do cuidado da família e o amor a Deus. Na sua campanha, o seu slogan político dizia: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, assinado pelo próprio presidente. Mas o Brasil não é um país isolado, dentro deste planeta chamado Terra.

Outra questão: Qual é o deus do Bolsonaro? Pois este Deus não combina com o discurso profano e com as promessas enganosas do chefe do poder executivo. “A Bíblia é a mãe de todas as heresias”, as atitudes do presidente confirmaram essa frase. O Deus que se revelou na história, não é Deus que combina com preconceitos, conchavos, milícias, armas e ódio sendo apregoados. O Deus que se revela na história conduz à história. Ele não recebe ordem, nem mesmo se comporta como mordomo ou como um gênio da lâmpada mágica. Servindo de propaganda para políticos mal dissimulados (Lembrei-me do Caetano, na música ‘Haiti’).

Além disso, muitos “líderes evangélicos” querem determinar em qual candidato os seus membros devem votar. Deste modo, se despersonaliza quem pensa diferente e tentam demonizar o outro : “A esquerda é do diabo!”, esbravejou um certo pastor em cima do púlpito. Essa é uma tática antiga, “o inferno é sempre o outro”, afirmou Sartre, filósofo francês.
Até mesmo a esposa do presidente, Michelle Bolsonaro, afirmou que o Palácio do Planalto era consagrado a demônios antes da posse do presidente Jair Bolsonaro. “Por muitos anos, por muito tempo, aquele lugar foi um lugar consagrado a demônios. Cozinha consagrada a demônios, Planalto consagrado a demônios. E hoje é consagrado ao senhor Jesus”. Esse é um discurso de alguém desesperado, alguém que tem medo de perder o poder.
“O Poder não corrompe, o poder revela”, afirmou Frei Betto. As máscaras de vários líderes políticos e religiosos estão caindo, sinto algo de podre em terras brasileiras.
Lembro-me das minhas aulas de Ciência da religião: “Querer manipular o Sagrado é magia”.
Deus não tem partido político. Ele não é de esquerda e nem de direita. Ele é o Senhor de todas as coisas. Alguns se deixaram levar pelo canto da sereia: status, ganância e dinheiro. O mestre Jesus abriu mão de tudo isso. O verdadeiro Jesus, não o Jesus do Bolsonaro, caminhava entre os pobres; abraçava gente que ninguém queria abraçar; tocava e cuidava das necessidades básicas do povo. As necessidades básicas do povo brasileiro: saúde, educação, segurança, são colocadas de lado. O Estado deveria cumprir o seu papel e o que reza a Constituição, mas quem pensa dessa maneira é taxado de esquerda e endemoniado.

Jesus seria taxado de endemoniado por essa gente que não pensa no pobre e vive numa busca desenfreada para sair bem na foto para “inglês ver”, mas não conseguem. É a luta em favor do Capital, que visa a expansão do comércio exterior a todo custo, assim, lucra o rico cada vez mais , o tal liberalismo ou neoliberalismo, se preferir. O verdadeiro Jesus não fazia acepção de pessoas, mas recebia a todos. Ele pregou o amor. E por isso foi cravado numa cruz, mas ressuscitou.

O pobre estava em sua pauta: “Pois eu estava com fome, e vocês me deram de comer; eu estava com sede, e me deram de beber; eu era estrangeiro, e me receberam em sua casa; eu estava sem roupa, e me vestiram; eu estava doente, e cuidaram de mim; eu estava na prisão, e vocês foram me visitar’. Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ Então o Rei lhes responderá: ‘Eu garanto a vocês: todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram.’” Mateus, 25, 31:46.

Jesus seria visto como alguém que tem parte com demônios como foi no passado.
Ele não tem partido político, Ele quer que sejamos cidadãos na polis, na cidade para mudar e fazer a diferença para o bem na vida das pessoas.

Bem- aventurados os que falam a verdade e não usam a palavra de Jesus para interesses próprios.

Nós podemos fazer a diferença nesse mundo de mentira e engano.

“Brasil acima das mentiras, Deus da verdade para todos.”

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