Novembro Azul: câncer de próstata atinge quase 80% dos homens negros

Crédito: Freepik

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o racismo é o principal fator que leva a população negra, sobretudo os homens, a terem menos contato com exames clínicos que deveriam ser realizados periodicamente.

Os dados foram revelados na última quarta-feira (2), através do estudo Acessibilidade da População Negra ao Cuidado Oncológico.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad Contínua), revelam que homens negros são os mais diagnosticados com câncer de próstata no Brasil. Ensaios clínicos apontam que 76% das vítimas são homens pretos e pardos.

Em 2021, ocorreram mais de 16 mil óbitos, afetados pela doença (o que corresponde a 44 mortes diárias causadas pelo câncer de próstata).

Prevenção

De acordo com o Inca, recomenda-se que os exames de antígeno prostático específico (PSA), via sanguínea, ou o toque retal sejam realizados anualmente, assim que completados 50 anos de idade. Como forma de prevenção, porém, homens negros, de descendência africanas ou que tenham casos na família devem realizar o exame a partir dos 45 anos. Ainda segundo o Inca, a identificação precoce da doença reflete em 90% a probabilidade de cura dos casos de câncer de próstata.

Sintomas

O câncer de próstata leva, em média, 15 anos até que um tumor seja desenvolvido. Por essa razão, a presença de sinais de alerta são pouco notadas ao longo da vida do indivíduo. Quando a doença apresenta-se em estágio avançado, no entanto, sintomas como micção diurna e noturna frequente, urina ou sêmen com vestígios de sangue, dor ao urinar, disfunção erétil e dores nas costas, cóccix, nádegas e nos ossos, são possíveis indicativas da doença.

Tratamento

Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aponta diferentes métodos de tratamento. Eles são indicados de acordo com o estágio da doença, condições clínicas e optativas do paciente. Existem as seguintes opções: cirurgia, radio e quimioterapia (em casos avançados), vigilância ativa (monitoramento semestral), hormonioterapia e medicamentos radiofármacos.

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