Ministério da Saúde combate doenças transmitidas por mosquitos em SP

A prevenção e a cobertura vacinal de diversas doenças caíram nos últimos anos no Brasil, como a dengue. No estado de São Paulo, entre janeiro e abril deste ano, foram confirmados 201 mil casos, número maior do que no ano passado. Na capital, quase 10 mil diagnósticos, com seis mortes.

Para enfrentar essa situação, o Ministério da Saúde realizou campanha nacional para o combate das arboviroses com o lema Brasil unido contra a dengue, Zika e Chikungunya. Essas três doenças são transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti.

Segundo dados do Ministério da Saúde, até abril deste ano, foram registrados 899 mil casos de dengue, com 333 óbitos confirmados. Houve aumento de 30% na comparação com o mesmo período em 2022.

Em parceria com a ANF (Agência de Notícias das Favelas), o Ministério da Saúde lançou a campanha no Brasil todo, utilizando o minidoor social. São placas de conscientização nas periferias, onde o cuidado deve ser redobrado.

Até agora, foram instaladas 84 placas espalhadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Recife e Belo Horizonte.

Casos em São Paulo

Neste ano, Michael Silva, de 22 anos, morador do bairro de Itaquera, na zona leste de São Paulo, enfrentou diversos problemas por causa dos sintomas da dengue.

Michael Silva de 22 anos, teve dengue e se curou. FOTO: Arquivo pessoal

“Nascem umas bolinhas no corpo, que coçam muito. Tive muita náusea e tontura também”, conta o motoboy, que, por conta da doença, ficou impedido de exercer a profissão.

Em 2020, durante a pandemia, Lucas Araújo, de 21 anos, morador do bairro Aricanduva, localizado na zona leste da capital paulista, contraiu dengue e também enfrentou problemas por conta da doença.

“Eu senti muita dor no corpo, tive falta de apetite, além de sentir muito sono acompanhado de febre alta”, relata o rapaz, que atualmente trabalha como gerente de uma loja de móveis.

Estatísticas de são Paulo

Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, entre janeiro e abril, São Paulo teve mais de 201 mil casos de dengue confirmados, contra 178 mil registrados no mesmo período no ano passado.

Na capital paulista, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (COVISA/SMS-SP) informa que, do início de janeiro até 25 de maio, houve 9.134 casos, em comparação a 10.157 no mesmo período no ano passado.

Provavelmente, a diminuição se deve a ações de prevenção e combate, que foram potencializadas neste ano pelo Ministério da Saúde.

Ocorrem 6 mortes confirmadas pela dengue na capital paulista neste ano, e outros 18 casos estão em investigação, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN).

Lucas Araújo, 21 anos: dor no corpo e febre por causa da dengue. FOTO: Arquivo pessoal

Campanha de combate a arboviroses

Por conta do aumento de casos das arboviroses no país, o Ministério da Saúde está combatendo a prevenindo as doenças. A prioridade é alertar a população sobre os sinais, sintomas, formas de prevenção e eliminação dos criadouros de mosquito.

Uma das principais orientações para evitar a transmissão das arboviroses é acabar com a proliferação dos mosquitos, evitando deixar pontos de água parada. Os ovos do mosquito transmissor podem sobreviver por até um ano no ambiente.

Segundo o Ministério da Saúde, a dengue é a arbovirose urbana mais presente nas Américas, principalmente no Brasil. É uma doença febril, grande problema de saúde pública nos últimos anos.

O vírus da dengue é um dos arbovírus transmitidos pela mosquito Aedes Aegypti. Além dele, o mosquito é responsável pela transmissão da Zika, Chikungunya e febre amarela, sendo transmitidas pela picada da fêmea da espécie.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença. Porém, as pessoas mais idosas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

Vacina contra dengue é aprovada

Em março, a Anvisa aprovou para comercialização a vacina Qdenga, da empresa Takeda Pharma Ltda, sendo destinada para crianças acima de 4 anos, adolescente e adultos até 60 anos.

Ela é administrada em forma de injeção, em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. É a primeira vacina aprovada no Brasil para uso livre, diferente da anterior, Dengvaxia, que só pode ser utilizada por quem já teve dengue.

Centro de monitoramento é instalado

Foi instalado, em março deste ano, o Centro de Operações de Emergência (COE Arboviroses) para maior monitoramento do cenário epidemiológico e das diferentes realidades em cada estado.

Desde então, oito estados já receberam visitas de campo da equipe do COE – Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Bahia – para auxiliar na estratégia local.

O Ministério da Saúde atuou, ainda, na distribuição de larvicidas e envio de mais de 300 mil kits laboratoriais para o diagnóstico da doença.

Principais sintomas da dengue

Febre alta, maior do que 38 graus

Dores no corpo e articulações

Dor atrás dos olhos

Mal-estar, exaustão

Falta de apetite

Dor de cabeça

Manchas avermelhas pelo corpo inteiro

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