Juventude em discussão sobre o espaço urbano

Recife é uma cidade que possui diversos desafios. Existe uma população pobre que habita as áreas mais vulneráveis da cidade e, diante isso, é impossível ficar parado.

A situação estimula a construção de caminhos que contribuam com a formação de novas lideranças que possam intervir nessas realidades.

É pensando nisso que acontece na cidade, desde 2018, o projeto Juventudes e Espaço Urbano, de formação política de adolescentes e jovens de comunidades periféricas da capital pernambucana. O projeto é executado por meio de uma parceria entre Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec) com o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Política da Criança e do Adolescente (Gecria), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Trata-se de uma ação de extensão da universidade que visa contribuir para a formação humanística e política de sujeitos jovens em Recife. Participam do curso 32 jovens, entre 15 e 19 anos de idade, moradores/as das comunidades recifenses da Mustardinha, Torrões e Nova Descoberta, estudantes da Rede Pública de Ensino.

Em pauta, o curso traz a discussão sobre temáticas importantes: Direitos Humanos, Democracia, Juventude, Estatuto da Juventude, Políticas Públicas para a Juventude, Participação, Direito à Cidade, Política Urbana, Reforma Urbana, Comunicação e Cultura.

Dentro do processo de formação dos/as jovens, foram realizados encontros sobre radiodifusão comunitária e audiovisual. A proposta foi compreender como os recursos tecnológicos de mídia podem ser importantes aliados na promoção e difusão dos direitos humanos.

A ideia é utilizar a comunicação como uma ferramenta pedagógica, mas também política, por meio de discussões relacionadas às comunidades que o coletivo faz parte.

Agora, o grupo agora está mobilizado para realizar intervenções nos seus respectivos territórios, visando promover a reflexão da comunidade acerca do seu entorno, do seu uso e de como é possível uma convivência harmoniosa num contexto dito de vulnerabilidades. O calendário de ações percorre os meses de agosto e setembro, e as ações dialogam com a preservação do meio ambiente, a criação de espaços para discussão política comunitária e temáticas afins a cada realidade.