Justiça impede que Hospital de Campanha do Maracanã seja desmontado

Claudio de Mello Tavares - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Decidido ontem, 20, pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Claudio de Mello Tavares, o hospital de campanha do Maracanã continuará aberto às pessoas com Covid-19. A determinação surgiu após o governo do Rio ter feito o pedido para que o Hospital de Campanha do Maracanã fosse desmontado. A determinação não vale para o Hospital de Campanha de São Gonçalo, que começou a ser desmontado ontem.

De acordo com o desembargador, não há condições de se realizar o desmonte do Hospital de Campanha do Maracanã, pois vive-se um momento de imprevisibilidade das consequências da pandemia e a retirada pode acarretar “eventual falta de compromisso dos gestores públicos com o número de leitos”.

“Há um constante acréscimo de número de infectados e óbitos, o que revela uma triste realidade em face da qual devem ser empreendidos todos os esforços para amenizar ou controlar tal aceleração, sem olvidar da possibilidade de recrudescimento da pandemia”, disse Tavares.

Os desmontes dos hospitais de campanha vêm acontecendo desde o início do mês. No dia 5 foram fechadas as unidade em Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e Nova Friburgo, na Região Serrana. O presidente do Tribunal de Justiça afirmou, porém, que não há no estado do Rio de Janeiro nenhuma região com risco muito baixo de transmissão que justifique o desmonte.