Hoje tem lançamento da Revista PERIFERIAS na Maré

Crédito: Divulgação.

Com o objetivo de aproximar pesquisadores, ativistas sociais e artistas de periferias do mundo inteiro interessados em partilhar experiências múltiplas dos territórios populares e periféricos globais, o Instituto Maria e João Aleixo (IMJA), lança hoje, às 19h, a Revista PERIFERIAS, no Centro de Artes da Maré (CAM), no bairro da Maré. A publicação é em formato digital e estará disponível em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e francês. A programação de lançamento inclui roda de conversa com a equipe editorial, roda de poesia e samba.

A Revista PERIFERIAS se propõe a discutir as potências das periferias na afirmação do direito à convivência democrática no espaço urbano, suas formas e processos plurais de expressão política, cultural, estética e social. Com periodicidade semestral, sua primeira edição tem como tema “O Paradigma da Potência”. Para abordar a perspectiva, traz artigos acadêmicos de Johan Lehman (Bélgica), presidente da ONG de Desenvolvimento Territorial Foyer; do pastor e teólogo Graham McGeoh (Escócia) junto ao professor de Comunicação Manoel Udi (Brasil), abordando o Complexo da Maré; e do sociólogo e professor Redy Lima (Cabo Verde). Além da entrevista com o líder indígena, ambientalista e escritor Ailton Krenak, sobre “A potência do sujeito coletivo”.

Considerando o nome com o qual foi batizada, a Revista PERIFERIAS não poderia trazer nada menos que a diversidade e pluralidade estética de narrativas. Assim, a publicação conta, ainda, com o ensaio fotográfico “Narrativas do Povo” dos fotógrafos e membros do Imagens do Povo e a sua Escola de Fotógrafos Populares Bira Carvalho, Francisco Valdean e Marcia Farias, todos moradores do Complexo da Maré. As Narrativas sobre prisões de Scott McMillan (Escócia), sob regime semiaberto há 15 anos; o Coletivo Poesia Maloqueirista de São Paulo; resenha da professora e diretora da ONG Favela é Isso Aí, Clarice Lisboa (Belo Horizonte) e os quadrinhos da professora de Arquitetura, Favita Dias  (Índia). Tem, ainda, a entrevista com Roberta Estrela D’alva, Slam Master e apresentadora do programa Manos e Minas.

Sobre o Instituto Maria e João Aleixo

O Instituto Maria e João Aleixo (IMJA) foi fundado em 2016, incubado no Observatório de Favelas, com o intuito de conectar experiências periféricas do mundo inteiro: diferenças, identificações, identidades, particularidades, peculiaridades, estratégias e mobilizações dos diferentes territórios populares. É um novo tipo de organização que supera as formas de tradicionais como se estrutura o conhecimento, considerando que as universidades se encontram dominadas pelo formalismo burocrático e a raridade de estudos e intervenções que tratem de questões que afetam os grupos sociais periféricos.

O objetivo primeiro do IMJA é contribuir para a compreensão das formas, funções e processos que caracterizam os territórios periféricos, levando em conta as práticas sociais dos seus sujeitos e suas formas de inserção no mundo social. Em segundo lugar, o Instituto buscará sistematizar e difundir metodologias e tecnologias sociais que permitam ampliar as possibilidades dos sujeitos oriundos das periferias, especialmente, e o seu lugar político na realidade contemporânea. Por fim, o IMJA busca construir um movimento internacional das periferias que articula pesquisadores associados, ativistas sociais e produtores culturais para a criação de processos colaborativos que permitam ampliar os estudos e as proposições de políticas de desenvolvimento territoriais.

Serviço

Lançamento da Revista PERIFERIA com tema “O Paradigma da potência”.

Quando: Hoje, às 19h.

Onde: Centro de Artes da Maré (CAM) – Rua Bitencourt Sampaio, 181, Maré, Rio de Janeiro.

Programação

19h: Roda de conversa com a equipe editorial da Revista PERIFERIAS: Fernando Lanes, Jailson Sousa e Silva, Jorge Barbosa e Daniel Stefane.

20h: Roda de poesia com os poetas Giovani Baffô, Sabrina Martina, Carol Dall Farras, Matheus de Áraujo, Jéssica Campos e Tawane Theodoro.

Microfone aberto após as apresentações.

21h: Encerramento com o grupo “O Samba que elas querem”.