Hibernando lado

Um silêncio no último volume,
Com volume de pensamentos interrupto,
Uma faca de dois gumes na divisa entre o cérebro e o coração
Uma vida ameaçada entras vozes externas que se sentem na razão.

Olhares fulminantes que não me felicitam
Desejos horripilante que me trazem desconforto,
A menção de movimento diante ao perigo nasce o caos
tenho o abortado, mas se nascer assumo como filho.

Uma dor horrível, um desconforto terrível,
Intrusos, intrometidos invadindo meu invisível,
Deixo transparecer visivelmente em meu semblante,
O meu ser intocável se expande e eu não o domino.

As peças de dominó seguem o fluxo continuo,
Ao final o que era lindo se transforma num tumultuado sombrio
Sem sombra de dúvidas as sombras se sobrepõe ao meu indivíduo
Estagnado com a testa franzida quando testado meu reflexo de vocabulário e reajo no automático em respeito ao que propago.

Não pague pra ver o insignificante espetáculo do descontrole
Se estiver de graça sugiro que me ofereça mordaça pois os textos são alarmantes de desgraça e não tenho fãs que os ouçam e me abracem pelo contrário, não aguardam o término, já me dão as costas, mas fecham contrato com o texto sucateado, que era lixo mas estava guardado, sem nem esperar o início do segundo ato.

Deixo como dica o dito pra não haver disse me disse,
Nem a triste notícia de que o que disse foi impróprio,
Pois o próprio pródigo que se propuser à propôr tal proposta
Esta sujeito a limpar a desordem pós balde isolado.

Me derramar de irá e uma ida sem volta,
Uma ilha com náufrago, uma fome que ronca,
Um olhar sem afago, um mergulho no raso,
Um adeus sem atraso, um arrependimento amargo.

O monstro se encontra guardado, não morto,
A erupção só descansa, mas espetam com a lança,
Espero que não encontrem o ponto fraco,
Pois é o ponto que se aperta e transtorna o que era inefável.

Victor Tavares, câmbio desligo !!