Governo bloqueia 41% das verbas destinadas à UFRJ

A UFRJ é a segunda maior universidade do Brasil

Foi anunciado pela UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, que o Governo Federal bloqueou cerca de 41% das verbas destinadas à manutenção dos serviços da instituição. Vale lembrar que o Governo anunciou, nos últimos dias, o corte nas verbas de todas as instituições federais de ensino superior do país, justificando que o dinheiro seria repassado para o ensino básico federal.

O valor do bloqueio ultrapassa a casa dos R$ 110 milhões, interferindo diretamente na manutenção da universidade, impactando no funcionamento da mesma. Atividades como manutenção do consumo de água, energia elétrica e prestações de serviços e segurança passarão a ser alvos de instabilidade devido à falta de verba. O corte impende, também, a compra de equipamentos para os laboratórios e hospitais da instituição.

Hospital Universitário da UFRJ poderá sofrer as consequências do corte de verbas

A UFRJ identifica que, caso o bloqueio não seja revogado, as atividades acadêmicas serão comprometidas ainda antes do segundo semestre. Universidades como UFPA (Universidade Federal do Pará) e UFRA (Universidade Federal da Amazônia) já anunciaram estado de calamidade, uma vez que possuem recursos para seu funcionamento apenas até o primeiro período do ano, podendo ter suas atividades encerradas ainda no mês de julho.

Liderando o rank de melhores universidades federais do País, e tem marca presença nos principais ranks acadêmicos da América Latina. Possui, atualmente, mais de 67 mil estudantes, divididos entre 266 cursos de graduação, e diversos cursos de mestrado e doutorado. Com campis na Cidade Universitária, Praia Vermelha, Centro, Macaé e Duque de Caxias, compõe a maior universidade do Rio de Janeiro.

O sucateamento das universidades públicas atinge diretamente a parcela mais pobre da população. Com o risco eminente de fechamento das principais instituições públicas de ensino superior do País, as chances de as camadas pobres da sociedade chegarem à graduação. Com suas aparentes únicas opções restantes se voltando para o ensino privado, se compromete, ainda, mais as já não existentes equidades de oportunidades de ensino para o povo brasileiro.