O CEO da Favela Holding e fundador da Central Única das Favelas (CUFA), Celso Athayde, desembarcou em Madrid, capital da Espanha, onde vai palestrar no evento South Summit, um dos maiores de inovação e negócios do mundo. A participação de Celso acontece hoje, 9 de junho.
O South Summit tem sede em Madrid. Mas nesse ano, teve uma edição em Porto Alegre, no Sul do Brasil, onde Celso fez grande palestra, e impressionou seus organizadores e diretores. Recentemente, Celso Athayde ganhou o prêmio de Empreendedor de Impacto e Inovação no Fórum Econômico Mundial 2022, em Davos na Suíça.
Na ocasião, o empreendedor social lançou o conceito do Quarto Setor, que agora pretende dissecar em sua ida a Madrid, tendo em vista que se encontrará com grandes empresários de diversos setores.
Então, a ideia consiste em criar um setor que atenda exclusivamente a economia da favela, já que os outros três não foram capazes de criar soluções econômicas para esses territórios. Impulsionando investimento em empreendedorismo nestes territórios, aproveitando toda a potência e capacidade de inovação dos seus moradores.
Economia Incentivada da Favela
Além disso, o novo conceito irá convencer o Poder Público a criar projetos e subsídios para estimular empreendimentos e inovações nestas áreas, para, então, ser parceiro do que será chamado de Economia Incentivada da Favela (EIF). Parceria que também pretende dialogar com as empresas do asfalto. Transformando, assim, as favelas em áreas de livre comércio.
“Vou pautar o Quarto Setor na Europa. É um interesse global, porque como falei em Davos, se não dividirmos as riquezas produzidas pelas favelas do mundo inteiro, vamos dividir o caos, produzido pelo descaso que esses territórios são tratados”, explicou Celso Athayde.
Sendo assim, o Quarto Setor também vem com o objetivo de acabar com estigma de aversão ao lucro, que ainda é presente em muitas favelas.
“ Enfim, queremos mostrar para o morador de favela que ele ter lucro, através do que ele produz, não é pecado. Pelo contrário, é muito merecido. Se conseguirmos tirar do morador de favela a ideia de criminalização do lucro, esses territórios terão muito mais condições de realizar investimentos em empreendedorismo, logo, de prosperar”, completa Celso Athayde.
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