Feiras agroecológicas oferecem produtos de qualidade para combater o “nutrícidio”

Além dos produtos alimentícios, os frequentadores poderão adquirir artesanatos fabricados por artesãs- Foto: Silvia Baptista

Será realizada neste sábado (19) e no domingo (20), a Feira Agroecológica, em Campo Grande e Vargem Grande, Rio de Janeiro. A feira acontece em adesão à 12ª Feira da Reforma Agrária Cícero Guedes.

No sábado, a feira será realizada no Instituto de Formação Humana e Educação Popular (IFHEP), Rua Henri Dunant, 156, Vila São João, e no domingo, na Feira da Roça Agroecologia e Cultura em Vargem Grande, localizados na Zona Oeste.

A organização da feira é feita de forma coletiva com pessoas ligadas a agroecologia e do movimento da soberania alimentar, com a coordenação da Teia de Solidariedade da Zona Oeste.

Nesta edição, a feira vai ter a participação dos agricultores familiares do assentamento Terra Prometida do Movimento Sem Terra (MST).

Segundo Silvia Baptista, 59, educadora social, pesquisadora/militante, uma das integrantes da rede de organização e destaca que “os organizadores já possuem uma larga experiência com feiras a partir das articulações de agroecologia na cidade e no estado do Rio”.

“A feira tem o objetivo de fortalecer a transição agroecológica, a agricultura familiar, o poder popular e a Reforma Agrária! Apoiar as mulheres chefes de família, que em sua maioria são mulheres pretas, oferecendo não apenas o alimento (feijão com arroz), mas tenha verdura, legumes, raízes, planta medicinal. É uma forma de lutar contra o “nutrícidio”, explica Silvia Baptista.

Agricultoras e agricultores do Movimento do Sem Teto – Assentamento Terra Prometida na organização – fazem parte da organização das feiras. Da Feira da Roça de Vargem Grande tem a representante e fornecedora de bananas agroecológicas a Cristina Santos, um horticultor, Jorge Ribeiro, e as culinaristas Maraci Soares, Giovanna Berti, Sarah Baptista.

“Estamos num momento onde os amantes do lucro estão manipulando os conceitos que dantes nos definiam então a participação é um critério de construção de confiança. Não chamamos cadastro mas a continuidade da participação nas organizações que organizam o evento. Destaco que ao mesmo tempo que há uma comercialização, também há doação de alimentos para seis comunidades, favelas e quilombos”, comenta Silvia Baptista.

A cada cesta agroecológica comprada, o consumidor ajuda a Teia de Solidariedade da Zona Oeste a continuar garantindo alimentos vivos e livres de agrotóxicos para as famílias articuladas.

Além dos produtos alimentícios, os frequentadores poderão adquirir artesanatos fabricados por artesãs e produtoras como @Maraci Soares, @Jane Nascimento, @ Sarah Baptista, @Giovanna Berti), que utilizam suas produções como ferramenta de luta para ofertar produtos livres de exploração.

Para quem deseja solicitar os pedidos das cestas agroecológicas, poderá fazer através do número (21) 97151-0444. Será enviada uma lista com os alimentos produzidos. A retirada das cestas será nos locais das feiras, das 10 às 14 horas.

Além do telefone, os pedidos podem ser solicitados via formulário Cesta da Reforma Agrária . Tanto pelo telefone quanto pelo formulário, é necessário fazer a solicitação até a amanhã (17)

Pelo formulário, além dos alimentos do Terra Prometida, é possível pedir também outros produtos confeccionados por artistas e culinaristas da Zona Oeste que estarão no dia da feira.

Objetivo é fortalecer a transição agroecológica, a agricultura familiar, o poder popular e a Reforma Agrária- Crédito: Divulgação