Experiência sobre a Dengue

Todo verão é a mesma coisa no Rio de Janeiro! Não estou falando de corpos bronzeados, praias lotadas ou filtro solar. Falo de uma realidade preocupante que até, aproximadamente, 10 anos atrás quase não se ouvia falar. Trata-se da Dengue. Por anos, a doença estava praticamente erradicada e nos anos 2000 voltou com força total.

Como diz a música, moramos num país Tropical e esse é um dos principais fatores para a sobrevivência do mosquito. O Aedes (no grego odioso) Aegypti (no latim do Egito) está muito bem adaptado às zonas urbanas e depende, para seu desenvolvimento e proliferação, de concentração humana. É aí que está o problema!

Dependemos das pessoas do Ministério e das Secretarias de Saúde e dependemos, principalmente, dos nossos vizinhos para evitar uma epidemia. Cada um é responsável por seu espaço de convívio. Por mais que tentem culpar o poder público, os maiores responsáveis são os próprios cidadãos que acreditam, infelizmente, que nenhum membro de sua família será vítima do “odioso”.

O mosquito da dengue pode percorrer uma distância de até 2.500 metros. Para termos ideia a Avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, mede, mais ou menos, 2.040 metros do trecho entre a Praça da Bandeira e a Candelária, ou seja, um “criadouro” de mosquitos pode estar distante de você, mas ainda assim poderá lhe fazer mal.

Só quem já foi contaminado pelo vírus sabe como é. Sem exagero algum, parece que é a morte chegando. Todo tratamento é baseado em deduções porque o exame de sangue só confirma a doença após – pelo menos – 5 dias. “Overdose” de líquidos – uns 5 litros por dia -, antitérmicos a cada 6 horas e muito repouso; Esse é o tratamento! Chega uma hora que você não sabe se seu corpo dói por causa da dengue ou da cama.

Para concluir este desabafo, apelo para o bom senso das pessoas para que acreditem que em sua casa pode ter um foco de Dengue. Verifique sempre se não há água parada em calhas, vasos de plantas, pequenas poças d’água e até mesmo numa tampinha de garrafa. Faça isso pelo menos duas vezes por semana. Não ignore as informações dos agentes de saúde e das autoridades competentes. A Dengue está aí e pode matar sim!